Desenho: Sr. do Vale
Nesse mar de brumas onde tenta forçar a passagem
uma réstea de sol
O vento atravessa a pele atingindo a carne mais frio
O vento atravessa a pele atingindo a carne mais frio
que o sopro da morte
As vagas do mar enfurecidas batem contra os rochedos desesperadas deixando claro
As vagas do mar enfurecidas batem contra os rochedos desesperadas deixando claro
que a natureza se revolta
De repente, um forte trovão, relâmpagos…
De repente, um forte trovão, relâmpagos…
as pessoas correm sem rumo certo.
A mulher pega a criança pela mão procurando
A mulher pega a criança pela mão procurando
um abrigo desesperada
Aquilo que antes parecia algumas vagas enfurecidas
Aquilo que antes parecia algumas vagas enfurecidas
agora se transforma numa grande onda
O medo no rosto das pessoas deixa ver
O medo no rosto das pessoas deixa ver
que o fenômeno é desconhecido,
o pânico se instala entre os pescadores acostumados
o pânico se instala entre os pescadores acostumados
com o humor das marés.
Não deu tempo, não deu tempo… desespero!
Fomos todos tragados…
Não deu tempo, não deu tempo… desespero!
Fomos todos tragados…
Veneide, 11.07.08.