sábado, 29 de janeiro de 2011

Curtas.

Quando minha primeira cangula alçou vôo toda faceira rindo para o sol senti-me a própria!

Aumentei o sal de minhas lágrimas para não esquecer aquela afronta, mas o açúcar do teu doce sorriso enfraqueceram minha dor.

Talvez um dia eu me arrependa mas, por enquanto, vou vivendo profunda e loucamente: o futuro a Deus pertence.

A menina chorava porque não tinha uma boneca. A mulher estéril já não tinha lágrimas de tanto lamentar sua fonte seca: um filho quem me dá um filho?

Vou para o mato na beira daquele rio com boas leituras na maleta e meu note para escrevinhar alguma coisa. Sumir por uns tempos da civilização, da Interlenta e do trânsito caótico de nossa cidade. Desejo a todos um ótimo fim de semana!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Contaram e eu li...

Encontrei a galinha de ovos de ouro mas minha alegria durou pouco: o ciclope acordou com tanta fome que a transformou numa saborosa canja...Só o gato de botas mesmo para enfrentá-lo!
Então decidi que vou trocar meu pé de laranja-lima pelo pé de feijão encantado que cresce até o céu. Alguém sabe onde ele se encontra?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nossa vidinha aqui em Macapá é boa...

Bonjour à tous ceux qui nous visitent depuis la France! Après la grande aventure du voyage, nous voilá en pleine détente. Regardez les belles piscines (avec des vrais cocotiers!) que nous frequentons avant de partir à la ferme et quelques photos de l’anniversaire de Rafael. Sans compter que nous profitons de la temperature et de l’ambience pour sortir les soirs. Cela fait du bien, non ?

A semana está passando rápido. Estamos assim por aqui: piscina, aniversário do Rafael dia 18 e coisas sem muita importância mas que precisam ser feitas. Aqui estão algumas fotos para a família e os amigos verem lá na França e os amigos daqui de Macapá também.

Non, non! Au fond, c'est pas moi!

Je suis la, eheh!


Merci, mamie Adele pour le champagne!
Eh non! Le liquide c'est plus important que les verres!
Ma soeur Vitoria, son mari, Rafael et des amis.




domingo, 16 de janeiro de 2011

Estrada Oiapoque-Macapá: os fatos se repetem.

A família, na Lorraine e no Norte, já deve estar desistindo de acessar esse blog para ver as fotos de nossa viagem. Desculpem o atraso mas, aqui no Amapá, o centro do globo terrestre, as coisas desandam, viram fantasmas, evaporam-se. O respeito pela coisa pública foi esquecido. Aqui, onde deveria convergir todo o progresso e a cultura do mundo, onde deveria ser fácil de se investir no desenvolvimento por ser um Estado jovem, é onde se abrigam os políticos mais inescrupulosos e pessoas coniventes que, mesmo morrendo por culpa ou omissão de agentes públicos, estão vendendo seus votos. Se a patifaria se instala no mais alto escalão do poder, como se pode exigir que o povo seja ordeiro? O resultado é o que vemos atualmente: pessoas incrédulas, poderes desacreditados! Então, como recuperar a confiança dessas pessoas? Seria através das boas ações voltadas para a população e exemplos, aliados à exigência e à aplicação da lei? Só vendo para crer. Quanto à nossa viagem entre o Município de Oiapoque e Macapá levaria o tempo normal, entre 10 e 11 horas de ônibus, se não fosse aquele famoso trecho sem asfalto de quase 200 km de estrada e algumas pontes quebradas. (Num post anterior de novembro mostro a situação de uma ponte queimada no Cassiporé às vésperas de minha viagem. Tivemos que sair do ônibus de madrugada com nossas bagagens e atravessar a ponte em fumaças para pegar outro ônibus que nos aguardava do outro lado). Dessa vez, dia 08 de janeiro ultimo, nosso atraso deveu-se à uma longa ponte quebrada no distrito do Carnot que impedia a passagem de carros grandes. Chegamos lá por volta das 15 hs. Só que não tinha ônibus nos aguardando do outro lado da ponte: tivemos que esperar mais de duas horas pela chegada do ônibus que tinha saído de Macapá, e estava atrasado também por causa da condição péssima da estrada. Só continuamos viagem depois das 17 hs por baixo de um chuvisco intermitente. No Carnot, fui informada que o distrito estava sem energia elétrica por mais de um mês! Hoje, acredito que já consertaram a ponte quebrada do Carnot. Quanto à ponte queimada do Cassipore, já construíram outra pois a reconheci quando passamos por ela. Mas não deixe de vir ao Amapá via Oiapoque por causa desses fatos. Todos os dias muitas pessoas fazem esse percurso sem incidentes graves. E passa-se por belas paisagens. Basta uma boa dose de paciência e, é claro, de espírito aventureiro. Só dou dois conselhos: não confie cegamente nos condutores de carros piratas pois eles correm muito, mesmo que você peça para não ultrapassarem 90/100km/hora, e, fique de olhos bem abertos na travessia do rio Oiapoque. O tráfico é intenso e nem sempre os pilotos das lanchas têm 100% de visibilidade. Proteja-se com a prudência.
A ponte sobre o rio Oiapoque do lado brasileiro.

O onibus tambem transporta a mandioca para fazer a farinha.

Casa de farinha. Bela imagem captada por meu marido.
Algumas horas depois de havermos saido do Oiapoque, na localidade de Carnot havia uma ponte quebrada e a carreta de combustivel caiu no rio. Felizmente estava vazia.
Foi por isso que carro grande não passava e tivemos que carregar as bagagens para o outro ônibus que chegou 2 hs depois.

Como sempre, essas viagens me reservam boas surpresas: encontrei um de meus primos que nao via fazia um bom tempo! Caminhoes de outro primo.

Nós , passageiros da aventura sobre rodas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aguardando...

Curtindo a orla de Macapá e o filho. Sem tempo para desarrumar as malas, rsrs. Voltarei breve com fotos da passagem pelo Oiapoque. Adianto que a viagem de onibus, no trecho sem asfalto, foi longa, como sempre. Unhas e dentes com a Interlenta: gggrrrrrrrrrrrrrrr!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ensaio de fotos. Pas terrible!

Meu marido reclamou do tamanho das fotos. Resolvi fazer uma experiência sobre as mesmas copias. Estou sem tempo de procurar as originais para substituir. Fica p a proxima. Clique em cima para experimentar.










O primeiro eclipse solar parcial de 2011.

Acabamos de ver entre as 9 e 9:30, da França (horario em que olhei) o primeiro eclipse solar parcial de 2011! Colocamos os oculos especiais mas tentei olhar sem eles e meus olhos ainda estão sentindo. Sou mesmo teimosa! Ops, esta passando o mal estar. Estou aliviada: não vou ficar cega!

A mais deliciosa de nossas 3 maneiras de viver.


As festas passaram. Chega de comilância e de farra! Agora é trabalhar e malhar! O QUÊ ? Trabalhar ? Estou brincando… Eheh ! Claro que não. Trabalha-se em casa também, não é mesmo? Mas agora, o trabalho mais importante vai ser enfiar os cacarecos e coisas gostosas nas malas para a viagem. Em vôo internacional, cada passageiro tem direito a 46 quilos de peso no bagageiro do avião, mais 12 quilos na cabine e nós vamos aproveitar (haja mão pra puxar tanta mala !). Meu marido, enfim, se aposentou . Ele vive rindo pras paredes e com razão. Eu já sei o que é isso desde 2007 (mas senti falta daquela rotina de sair todos os dias e encontrar os colegas de trabalho). Meu marido, ao contrário, não quer nem ouvir falar no assunto. Ele só diz “Uau, eu não preciso mais vestir o terno. Eu tenho todo o tempo agora para fazer o que eu realmente gosto, etc, etc. » E eu aqui a escutar pacientemente : ele está cobertíssimo de razão ! Vamos ao reencontro de uma realidade diferente, prazeirosa, embora que povoada de aventuras que, às vezes, nos fazem redobrar a vigilância: nosso cantinho à beira do rio Araguari, rodeado de florestas e animais. Verdadeira jungle! O vizinho da esquerda fica a um quilômetro de distância, o vizinho da direita fica a dois quilômetros ; o rio na frente da casa tem mais de 500m de largura. Os botos vêm saltar na frente da casa. Os pássaros atravessam a varanda de um lado para o outro. Dessa vez, vamos ficar mais tempo. Teremos muitas manhãs de petit déjeuner na varanda à beira do rio e, esse, é um dos momentos que mais apreciamos. Voltaremos alguns meses por ano à Europa enquanto tivermos saúde. Deus abençoou essa realidade e está com as mãos estendidas sobre ela. Vamos continuar a vida de caboclos entrando na floresta, remando nos lagos e montando a cavalo, coisas que aprendemos a fazer nesses 7 anos nesse paraiso. Teremos mais tempo para a leitura, a fotografia, o desenho, a pintura, o violão, o saxophone, blá, blá, blá. Ai, chega, já estou cansada, marido! Quero sombra e água de côco! E não vou esfolar minhas mãos, nãozinhogonhó! Providenciamos ferramentas de mulher : lava-louças, micro-ondas, máquina de lavar roupas, geladeira, liquidificador e algumas bugigangas francesas. Claro, né ! Brevemente uma maquina de fazer pãos. Não usamos ferro elétrico, apesar de termos energia elétrica. Providenciamos tambem ferramentas de homem: martelo, serra elétrica, furadeira, chave de fenda, etc. A vida é simples mas recheada de coisas que nos proporcionam um certo conforto. Abre parênteses: Mulher sabe o que é bom numa casa. Homem diz : mas pra que comprar isso ? Quando ele se convence da utilidade, homem é o primeiro a contar a novidade. Eh ou não é ? E cada um sabe onde é que o sapato aperta ! Fecha parênteses. O caseiro tira o leite das búfalas a cada dois dias. A sua mulher limpa os peixes fresquinhos pegos na frente da casa ou nos lagos dos fundos e me ajuda a limpar o casarão. Abastecemo-nos na cidade mais próxima que fica a 14 quilômetros de casa. O quilo do filé é 8 reais! Na capital, filé é coisa de rico. Na Europa você compra filé em pedaços (dá pra entender porque). A vida não é so filé, nem só carne, não é mesmo? Aqui na França a alimentação é balanceada e bastante variada. E isso é muito importante para a saúde. Lá, no meio da mata, procuramos seguir o mesmo ritmo. E podemos receber sem problemas os amigos brasileiros e europeus que quiserem nos visitar (vai ter queijo feito em casa. Mussarela. Sacou?). Ai, vou parando por aqui pois não estou mais aguentando de ansiedade! E o post esta ficando longo. Veja o slideshow aqui na parte direita do blog. Estamos confiantes porque sabemos que tomamos as decisões certas nas horas certas. Byeeeeeee !
Voltando da pesca nos lagos dos fundos.

Outro dia de pesca nos lagos.

Fundos do terreno e frente em dia de chuva.

Rede para a sesta e ponte às 6 da manhã.

Lagos secos nos fundos e tucanos.

Crepusculo e reforma na varanda traseira.

Fogão de barro.

Araras

Corrida de cavalos na fazenda do outro lado do rio durante a quermesse natalina(2009).

Horta caseira e vendendo uns bois para o açougueiro.

Ele rema e eu também.

Eu trabalho, vacino, coloco os brincos e ele também. O caseiro castra, eu preparo para comermos.

Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide