Um dos trechos da floresta depois de atravessar o igarapé com os poraquês.
Bebendo água de cipó. Uma delícia. A água que havíamos levado já estava acabando.
Nessa altura do caminho, para facilitar para mim que já havia caido 2 vezes, meu marido já havia tirado o pouco peso que eu carregava (uma mochila quase vazia e a máquina fotográfica, mas também para não molhar, rsrsrs).
Nesse último sábado fomos aos fundos dos terrenos para ver a cerca que o vizinho construiu. Fotografamos e voltamos. Havia muita lama, água, pau caído pelo chão e muita mata. Medo de deparar com uma onça. Dessa vez não fomos de canoa pois as águas já estavam baixando e, para passar pelas partes altas com a canoa já está impossível. Fomos a pé e tivemos que enfiar as pernas dentro de tudo que atravessávamos com um baita cuidado (e receio) de meter o pé num jacaré ou esbarrar num poraquê ! Felizmente não aconteceu, mas o caseiro só falou que viu 3 poraquês passarem na nossa frente depois que atravessamos uma série de igarapés! Senão, eu não aceitaria esses atalhos lacustres! As botas pesavam com a lama que acumulavam e as águas que entravam até que encontrávamos um riachozinho para lavá-las. As pernas triplicavam o seu peso e, quando precisávamos levantá-las para atravessar um tronco meio caido no chão aí sentíamos o problema. Pegamos algumas quedas com um saldo de hematomas para mim e espinhos na mão do caseiro que, ao cair num buraco dentro d'água se apoiou num pé de açacu ou coisa parecida. Só meu marido não caiu, o sortudo! Mas a aventura mais uma vez valeu a pena pois eu adoro entrar na mata! Devo ter muito sangue índio em minhas veias. Ou, quem sabe, sangue de onça?
Nota:
Poraquê (Electrophorus electricus) é espécie de peixe actinopterígio, gimnotiforme, que pode chegar a três metros de comprimento, e a cerca de trinta quilogramas, sendo uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração elétrica que varia de cerca de 300 volts a cerca de 0,5 ampère até cerca de 1.500 volts a cerca de 3 ampères.
"Poraquê" vem da língua indígena tupi, e significa "o que faz dormir" ou "o que entorpece", dado às descargas elétricas que produz.
Também é chamado de enguia, enguia elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu, pixunxu, ou, simplesmente, peixe-elétrico, embora não seja o único "peixe-elétrico" existente.
Típico da Amazônia (rios Amazonas e Orinoco), bem como dos rios do Mato Grosso, também encontra-se em quase toda América do Sul. (Wikipédia).
"Poraquê" vem da língua indígena tupi, e significa "o que faz dormir" ou "o que entorpece", dado às descargas elétricas que produz.
Também é chamado de enguia, enguia elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu, pixunxu, ou, simplesmente, peixe-elétrico, embora não seja o único "peixe-elétrico" existente.
Típico da Amazônia (rios Amazonas e Orinoco), bem como dos rios do Mato Grosso, também encontra-se em quase toda América do Sul. (Wikipédia).
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19 comentários:
Égua da mulher corajosa...ótimas fotos!
Belas fotos...e para ti..."eu te amo, perdoa-me, eu te amo."...!?...besos
Que blog espetacular o seu . Muitas coisas para aprender aqui. Voces sao mesmo uns aventureiros, que coragem de se embrenhar na mata assim! Quanto ao Memorial Shoah, nao me lembrava o nome do museu, mas estive nele mesmo , no Marais ha uns 3 anos atras. Com meu marido e minha filha que na epoca tinha quase quatro. Nao vimos quase nada por que ela estava tao cansada de ver museus que abaixava a cabecinha dentro de um carrinho sentada, em sinal de protesto e entao saimos logo. Este ano quando fui para Paris passei por este museu algumas vezes, fui varias vezes nessa rua, mas nao entrei. Existe um museu em Washington, sobre o holocausto, que é o mais triste na minha opinião. Ele ja é construido para voce entrar no clima, desde a porta de entrada, ate o corredor de saida, "a casa de Daniel". Passando pelo meio onde voce ve coisas singelas mas que dizem tudo, como montanhas de sapatos dentro de um vagão de trem. Enfim, é um museu moderno, mas que leva pungentemente o ser humano a pensar que especie louca somos nós.
Beijos,
Cam ( quando meu blog consertar, vou linkar o seu certamente. Amiga da Roseane? Ah isso diz tudo)
muito legal Veneide!!!!! E bota coragem nisso kkkkkk, eu já sou meio medrosa para essas coisas :)
beijos
Uma aventura e tanto! Imagens lindas!
Um beijo pra ti
voltei sobrinha.
abraços
Tio Aderbal
caraca!!
Sensacional!
Eu gosto muito dessas caminhadas dentro da mata mas a maior dificuldade aqui, na serra fluminense, é o preparo físico para subir e descer morro!
E tomar cuidado com cobras e vespas.
Em compensação, o clima mais seco e frio facilita muito.
Gostei muito!
Fotos de pura aventura e coragem
Belas fotos e bela aventura.
Imagino as belas paisagens que vc pode presenciar, e sem falar em algumas espécies de passáros, animais e plantas.
Beijos,
Cris
Nossa! A Roseane tem razão, eita coragem, eim!!!... Então mulher, meu novo amor é mesmo a Africa do Sul, estou completamente apaixonada, como nunca fui por outro pais se não o Brasil!!! Mas estou em Macapá, alguém que trabalhar né! rsrsrs
Bjs
A natureza!=)
P.S. Obrigada pela visita!=)
Oi, Veneide! Como é que vc foi parar aí, mulher? E que aventura! Eu a admiro muito, sabia? Porque nunca seria capaz de fazer metade do que vc faz. Querida, postei hj de novo, pois quando fiz aquela outra postagem passei por maus bocados. É longo, portanto, escolha algo para ler ou apreciar, pressione a tecla "Page down", que todos os computadores têm, e faça o seu comentário. Se quiser apreciar tudo, o post está lá, basta ir outro dia.
Um beijo,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com
Se a conexão não cair, vá com o "Page Down" até o fim e curta o meu jardim
Pessoas de coragem...
Voltamos a ativa Veneide. Saudades :)
Não esquece de bater fotos das comilanças...
Me deu saudade dos meus tempos de amazônida em Rondônia, Amazonas e Pará, tempos em que metia na mata para aventuras. Até me veio às narinas o cheiro do mato que ´diferente dos cheiros da Mata Atlântica.
olá, vaneide.
um blog espetacular, assim como curtos trechos de suas aventuras que li.
já está entre meus favoritos e o deguistarei com calma, à noite...
beijos em seu coração
Querida me diga o que é calor, pois acho que já esqueci...bjks
Ola Veneide
Obrigada pela visita e pelo carinho.
Gostei muito das fotos, conheço um pouco esse pedaço de chao, Monnya nasceu em Caienne.
Abraços.
.....Claro que conheço somente a terra firme rsrsrsrs!!!.
Parabens pela coragem e aventura
Bjs
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