Sei que estou relapsa em relação à blogosfera. Peço mil desculpas e explico porque: Estou às vésperas de uma longa viagem que atravessará estradas, rios e oceanos e estou me organizando por essas bandas daqui. Não vou pelo Sul, nem pelo Nordeste. Vou pelo Norte mesmo e, a solução aqui é pegar estrada merrrrrmo! O caboclo tem que ter culhão. Desculpe o termo, mas nessa época de chuvas na Amazônia on ne rigole pas, as estradas podem estar boas ou não. Mas e aí? Eu não tenho culhão, mas vou mesmo assim. Vou com coragem e fé em Deus!
Recentemente, a família de uma prima perdeu um membro muito querido e, tudo virou do avesso, de repente. Isso, de repente! Porque, desgraça, só acontece derrepente. Além do mais, estou colocando em dias minhas aulas de violão tentando adiantar o curso que, normalmente, terminaria fim de março. Como se não bastasse, como boa brasileira que sou, deixei para a última hora ir ao dentista fazer uma limpeza nos dentes (para chegar em Paris com aquele sorriso cheio de luz. Afinal, vou para a cidade luz, né!) ; mandei fazer óculos também nas penúltimas semanas (isso depois de estar com a receita em mãos há uns dois meses!) Os meus óculos velhos já foram atacados de todas as maneiras imagináveis (pisoteio, queda no banheiro, perda, solda por haver quebrado, etc). Ainda tem a declaração de IR para fazer!.... E costureira... E não faltar à academia de ginástica. E a última visita antes de viajar à fazenda (já fui. De ônibus porque a estrada está um chiqueiro). Aiaiaiaiai! Quando toda essa correria acabar farei a mala bem leve porque me nego a carregar supérfluos. Não me encomende nada pesado que não levo, nem trago. Nem carrego comigo mais de 2 pares de sapatos (contando com o tênis), nem toalha, nem lençol. Só um rolo de papel higiênico que se transforma depois em papel-pra- toda-obra e pode-se usá-lo como bem entender. Se tomar um banho, enxugo-me com uma t’shirt. Onde for me viro... Só não quero carregar peso pois já tive experiências mil com mala-cheia-de-objetos-sem-utilidade, que acabou explodindo no aeroporto. Quer outra dessa? Só não posso deixar de levar umas coisinhas que, parecem sem utilidade mas não são não: a maquiagem e o colar de pérolas que meu filho me deu quando era criança e que voltaram à moda. Isso aí meninas! As pérolas voltaram! E de todas as cores! Vou até ver se encontro umas outras coloridas por aí pelas lojinhas...Afinal, sou mulher!
Sabe gente, confesso que depois de alguns meses por aqui, entre esse trânsito louco degentemaleducada e a mata cheiadegrosserias de todas as espécies viventes, estou ávida de cultura. Quero ir ver a Monalisa, no Louvre e a Olímpia, de Manet, no Museu d’Orsay e desejar-lhes, ainda que atrasado, um feliz Dia da Mulher. Mesmo que, até hoje, resta em dúvida o sexo e a verdadeira identidade da Mona, do Leonardo. Para mim e para muitos ela é o que está lá no quadro: uma mulher com um sorriso sarcástico zombando, talvez, do machismo, do preconceito e da politica de sua época.
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7 comentários:
Olá Veneide,
querida uma ótima e maravihosa viagem, quanto ao dia das mulheres atrasada nada, pois nosso dia são todos os dias. Feliz dia , mês e todos os dias das mulheres.
Adorei a tua visita no meu blog, as portas estão abertas sempre. É verdade aulas de arte sem saber desenhar é meio complicado. Agora imagina só , eu dando aulas de desneho pra vc, olha o prazer seria meu, pois quem iria aprender sou eu, pois vc tem esperiências de vida fantásticas.
Beijos,
Cris
Ola querida.
Boa viagem, principalmente no primeiro trecho.
Em janeiro fui rever uns amigos e relebrar os velhos tempos que morei no no Kourou. Maravilhoso. Mas..... a viagem pro Oiapoque é sempre um desafio.
Falta ainda eu conhecer o Mundo desenvolvido.
Bjs querida
Verdade Cris, todos os dias sao nossos, das mulheres.
Fiquei toda metida agora com o q voce disse de aprender comigo. Bacana. Voce eh uma pessoa muito legal, alem de uma artista maravilhosa. bjkas
obrigada Beth! e como estava a estrada p o Oiapoque em janeiro? Vou contando com esses desafios para apimentar mais a vida, eheheh. So tenho medo da velocidade dos guianeses com as navettes que fazem o transporte entre S. Jorge e Caiena. vamos ver. bjs
Entao queidissima.
Há 20 anos quando morava no Kourou, havia aviao para fazermos esse trecho. Agora somos obrigadas a seguir por essas estradas sem fim.
em janeiro, nao estava ruim, ou melhor, nao estava tão ruim.
Quanto as navetes, sei que eles correm mesmo, mas não vivenciei, minha irmã me pega em S. George.
Voce leu no blog da Alcinea sobre uma briga dos catraieiros brasileiros e a policia francesa?
Uma boa viagem e beijinhos
Querida Beth,
Você tem razão qto ao avião. Já operaram no trecho Macapá-Caiena a Varig, a TABA, a Penta e, no trecho St George/ Caiena a Air Guiana fazia esse percurso. Qto a briga dos catraieiros já faz um tempinho, não é? Ou aconteceu novamente? Passei la 2 vezes em 2009 e estava tudo calmo. Bom, vamos experimentar a estrada. Bjs
O conflito entre catraieiros e policiais ocorreu há uns dois dias. Havia(ou há) alguns brasileiros presos.
Um beijao pra voce e boa viagem querida.
Aproveite a modernidade e a cidade luz.
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