Normalmente, às 6 da manhã já estou acordada. Mas, hoje, eu ainda estava com uma sonolenciazinha quando ouvi uns baques surdos do lado de fora e a cadela já estava latindo. Fui olhar para ver se não estavam tentando levar as colunas de ferro que o pedreiro havia montado e deixado ao lado da casa. Pra sorte do provável ladrão vi que não era no meu quintal. O vigia do prédio em frente a minha casa quebrava com um pedaço de pernamanca a janela improvisada do prédio para ele entrar. O cara passou a noite na rua, perdeu a chave do cadeado e queria entrar na marra acordando todo mundo. Do portão, eu fiz psiu, psiu e disse para ele: “Tem gente dormindo”. Ele respondeu: “Eu moro aqui”. Perguntei pela chave e ele disse que havia perdido. Eu repeti: “Tem gente dormindo. Já que o senhor ficou fora até agora, pode aguardar mais um pouco para entrar?” Ele respondeu que sim sem problema. Kkkkkk . So não ofereci o serrote para ele porque não comprovei que, realmente ele mora no prédio, do contrário eu me tornaria suspeita de um possivel crime. Vou confirmar depois se ele falou a verdade.
Percebi que ele estava meio capenga e não deixei de imaginar que, talvez ele tivesse bebido e que, talvez tenha gente vendendo bebida nesse período de eleição. Olha a PF na caça dos infratores... Só que eu não consegui dormir mais. Nem eu, nem a cadelinha, que latia todo tempo.
Peguei o carro e fui comprar meu honesto pão. Em seguida, passei na esquina da Escola José de Anchieta mas vi tantos santinhos de candidatos jogados nas ruas que resolvi ir olhar la pelos bairros Beirol/Trem. Constatei o mesmo fato: propaganda eleitoral sujando as ruas próximas aos locais de votação numa descarada tentativa de captação de voto. Isso ainda é permitido? Maquiavel perde de longe para essa gente que só pensa em perpetuar a mordomia, nem que para isso, seja preciso se apropriar do dinheiro público. Do meu, do seu dinheiro. Larga do meu pé, ladrão!
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