Antes de conhecer meu marido, eu sempre vinha de férias à França. Daqui, minha irmã, meu filho e amigas francesas íamos para outros paises. Aproveitamos nossas férias na Europa mas, também, viajamos pelo Brasil. Um dia, conheci meu marido. Parei de viajar ? Nããão ! Ele é pior do que eu, ou melhor, ele é melhor do que eu para organizar viagens. Casamos depois de quatro anos que nos conhecíamos, viajando muito juntos, compartilhando os mesmos gostos. Aposentei-me dois anos depois de casada e, como adquirimos no Amapá uma propriedade rural linda e maravilhosa à beira de um rio cheio de mistérios, com uma floresta infinita nos fundos de nossa casa, onde adoramos nos aventurar decidimos que lá seria nossa moradia durante a maior parte do tempo (e nem me imagino morando aqui definitivamente, longe das minhas bases). Agora é a vez do meu marido se aposentar (rindo, mesmo dando gargalhadas pras paredes) e nossa bagagem já está quase pronta para a viagem. Voltaremos à Europa todos os anos por 3 meses, se Deus quiser, para visitar mãe, irmã/cunhados, na Loraine, filhos, netos, gato e cachorro (se fosse no Brasil seria periquito e papagaio, rsrs). Mesmo com todo esse rombo que a turma da harmonia fez no nosso querido Estado do Amapá, sem falar na violência e na corrupção, nem por isso preferimos a vida do lado de cá. Claro que nem comparamos. Podemos ter os dois lados, o da tranqüilidade e o do suspense. Precisamos confiar em Deus e ser prudentes. Vamos voltar, sim, e vamos viver o presente e o futuro desse Amapá tão sacaneado mas tão querido. Estamos abertos para colaborar, para ajudar a levantar nosso Estado. Não vou virar as costas para meu país e muito menos para meu Estado, para as raizes plantadas por meus pais e por mim. Por isso, como cidadã e amapaense eu exijo : quero meu Amapá de volta das cinzas!
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