e não os abrirei mais…
Dormirei o “sono dos justos”, mas,
quem são os justos? Onde eles estão?
Como acontecerá? Na cidade, sentada
naquele sofá azul tão fofinho da
sala?
Na mata, nos lagos, caminhando nas
pontes?
Ou dentro da "casa grande"
quando uma daquelas cobras ver
minhas pernas
e delas não gostar?
Dará o bote antes que eu a veja?
Um dia, fecharei meus olhos
e não terei consciência suficiente
para abri-los.
Esquecerei de vez os fantasmas
e eles descansarão de mim.
Como será? Numa das viagens pelo
rio?
Ou num dos percursos de avião?
Nas estradas européias
ou nas estradas da Amazônia?
Ou será em consequência da idade
que minhas pernas falharão?
Que me deixem dormir em paz...
E sentir o fresco odor da floresta
do sono eterno.
2 comentários:
Legal Veneide , gostei da forma poética de pensar na hora de dormir o sono dos justos. ÇPor coincid~encia ontem eu estava pensando sobre isos, e me perguntei , será que tem uma idade em que a gente se descobre que não é imortal? talvez quando a gente percebe que muito s da mesma geração já se foram. De qualquer forma eu brinco com a situação, costiumo dizer: " no dia em que eu morrer, SE EU MORRER, quero um epitáfio assim assado... hehehe
A fragilidade da vida a que estamos expostos. Alguma tristeza que me deu e que consegui tranformar em uma pequena ironia. Vivo perigosamente de vez em quando. Bjs
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