Publicado hoje no Diariodoamapa.com.br
Os últimos acontecimentos que expuseram nosso estado novamente à crítica da opinião nacional não são, nada mais nada menos, que o resultado da cultura da corrupção mais uma vez praticada de forma escancarada. O que estamos vivenciando é resultado de atos viciados praticados na gestão de administradores descomprometidos com o povo que formaram um grupo, o que nos faz crer depois de tantas denúncias, com a finalidade exclusiva de assaltar o estado e o povo amapaense. Ou seja: uma quadrilha!
Foi um
período administrativo quase pacífico, onde tudo fazia crer que todos estavam
em perfeita lua de mel. Alguém definiu como harmoniosa a maneira de agir desse
grupo. Por quê? Porque não existia nenhum controle da parte de quem tinha por
mister controlar os atos da administração, seja legislativa, seja executiva.
Investigações, denúncias, afastamentos de cargos, prisões, habeas corpus, recondução aos cargos. Mas,
como tem gente surda aos clamores do povo que, lembre-se, é o mesmo que elege,
as coisas permaneceram em perfeito entendimento, ou seja, harmonicamente (faça
uma retrospectiva na memória e você lembrará). Povo já incrédulo em mudanças,
as ondas de assalto e de violência espalharam-se pela cidade. Você lembra do
policiamento comunitário implantado em 1998 no bairro do Araxá e no Perpétuo
Socorro, as áreas consideradas, na época, as mais perigosas de Macapá? Na mesma
ocasião foi criado o projeto Anjos da Paz, que visava a reintegração à
sociedade de jovens das gangues do bairro Perpétuo Socorro. Foi desativado pelo
seu sucessor que também desprezou o Museu Sacaca. Quem frequenta esse
museu, sabe falar sobre sua situação nas administrações que sucederam a
de seu idealizador.
Na
atual administração, o museu foi revitalizado trazendo de volta o prazer para
seus frequentadores de relaxar em uma área verde no centro da cidade,
misturando cultura e lazer. Além de ser mais uma opção para o turismo.
Para
refrescar ainda mais nossa memória lembremos que a harmonia na saúde, harmonia
na educação, etc, culminaram com operações policiais, entre as quais a Operação
Pororoca, a Operação Mãos Limpas, a Operação Eclésia e as últimas que
presenciamos recentemente vomitando a sujeira que pessoas que não têm o mínimo
compromisso com o povo tentavam esconder da sociedade. Alguém sabe dizer se tem
alguém preso? Ainda não??
Existe
uma rivalidade mórbida entre grupos políticos diversos em desfazer os bons
projetos que beneficiam a população amapaense, só pelo simples prazer de não
lhes dar continuidade por terem sido idealizados e implantados por grupos
rivais políticos. E quem sofre com isso é o povo. Como se não fosse o povo quem
os colocasse na posição que ocupam e ao povo devem explicação.
O
perigo que não apenas ameaça, mas que já está instalado na mente do povo é o
sentimento de impunidade que grassa, alastrando-se no estado e no país. Triste
constatação, pois os bandidos continuam tirando proveito da situação.
Temos
muitas leis boas, é verdade. Nossas instâncias recursais permitem que o
defensor atento explore até as entrelinhas das leis. Porém, existem requisitos
a serem observados para que essas leis não fujam às suas finalidades que, em
simples palavras, visam livrar a sociedade dos maus agentes públicos punindo as
condutas lesivas.
Vamos
lembrar e exigir de nossos candidatos e a seus comandados, que leiam e gravem:
O artigo 37, caput, da Constituição Federal determina que a Administração
Pública Direta e Indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obederá aos princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. E no inciso XXI e nos §§
5° e 6° do mesmo artigo refere-se a outros principios que norteiam a
Administração Pública (licitação pública, prescritibilidade dos ilícitos
administrativos, responsabilidade civil da Administração) e o da
proporcionalidade.
Como
disse Joseph-Marie de Maistre, escritor, filósofo, diplomata e
advogado francês (1753-1821): "Cada
povo tem o governo que merece". Tenha cuidado na hora de votar para
não trazer de volta o pior para o estado."
Um comentário:
Apesar de já está vivendo fora muitos anos, eu via a minha Macapá sendo destruída, doía muito.
Hoje uma onda de violência impera o Brasil. É muito triste.
Beijos
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