quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Liçao de vida.

Cerejeira em flor, primavera em Rouen, Normandia (Fr), abril 2009.
Lendo “O Vendedor de sonhos”, de Augusto Cury e...engravidando-me de seus ensinamentos.
Aproveitando a lição de vida do personagem principal e, comparando com a minha realidade, confesso que, eu também, depois de me perder, encontrei-me. E, como eu poderia me encontrar um dia se, antes, não tivesse me perdido numa luta desigual, contra todos os preconceitos de uma época cheia de policiamentos da natureza humana e de padrões impostos pelo sistema? Dei-me essa oportunidade ao reconhecer a minha humanidade e, sobretudo, a minha individualidade, ao aproximar-me de mim, como bem diz o personagem do livro.
Há anos cultivo o pensamento e a força da realização dos sonhos desde que, olhando as estrelas em 1975, reconheci que “os sonhos são o embrião da realidade”.
Mas, só agora “me toquei”: acabei de aprender com “O Vendedor de sonhos” que os sonhos não podem ser apenas desejos. Os sonhos precisam ser projetos de vida. “Sonhos sem projetos produzem pessoas frustradas, servas do sistema” (p.62). “Conquistas sem riscos são sonhos sem méritos. Ninguém é digno dos sonhos se não usar suas derrotas para cultivá-los” (p.63). Aprendi essa coisa importante e assim, me conheço um pouco mais. Porque a vida é uma sucessão de conhecimentos e, se não nos dobrarmos a essa reflexão permanecemos na ignorância. E a ignorância, para quem ama o conhecimento, significa destruição.
Eu tinha também um sonho especial: encontrar um grande amor. E isso eu transformei num projeto. Um “grande amor”... Alguém que me amasse e amasse as mesmas coisas que eu. Senão, eu preferia continuar sozinha. Era realmente um sonho. Tomei essa decisão e nela permaneci sem, no entanto, fazer disso o principal objetivo de minha vida. Com tranquilidade, sem pressa (depois dos 40 anos, você já não precisa se apressar tanto quando já adquiriu todas as estabilidades possíveis e educou o seu ritmo). Mas, não foi fácil, pois tive que ter paciência e não me meter em confusão. Apenas visei essa finalidade: conhecer alguém especial para quem eu também fosse especial. Conheci meu marido e, com ele aprendi mais ainda. Aprendi que realmente você precisa transformar seus sonhos em projetos de vida para que eles se transformem numa realidade duradoura. Ele é um homem tão decidido e disciplinado! Preocupado com a arrumação das idéias, ele busca o conhecimento, as origens, para realizar seus sonhos na música, na pintura, na engenharia, na marcenaria, na alvenaria, na carpintaria... Breve, em tudo que faz. Ele se engravida de suas idéias. E não pára. É pior do que eu. As vezes é preciso eu dizer: basta! Quando não estamos realizando um projeto, estamos viajando para conhecer ou rever alguma coisa que temos em mente. Agora, vou me dirigir a ele: Você tem razão, querido. O tempo é curto para tanta coisa que precisa ser conhecida e feita. Mas vamos devagar, realizando aquilo que está ao nosso alcance, na escala decrescente das prioridades.



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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide