segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Romance frustrado.

Ele me deixava louca quando entrava no escritório e passava para sua sala deixando , atrás de si o rastro de seu perfume inconfundível. Na sala, a sua música preferida tocava docemente “Don’t brake my heart...” Eu ainda não havia compreendido porque, depois de tantos olhares e toques de mãos que pareciam ser ocasionais e propositais ao mesmo tempo, ele ainda não havia me convidado para ir ao seu apartamento.
Nossos olhares se cruzavam e, ele demonstrava uma preferência pelo meu trabalho. Apesar de não ser sua secretária direta, ele me solicitava diversas vezes durante o dia, lançando-me, em algumas ocasiões, olhares que me faziam arrepiar e tremer diante de sua presença.
No final do ano, a empresa organizou uma festa de confraternização. Todos foram, inclusive ele que não gostava muito de participar dessas coisas. Ele colou em mim durante toda a festa.
Num determinado momento, depois do brinde e dos votos de praxe de Feliz Natal e Próspero Ano Novo, etc, o champagne correndo solto e todos “mais pra lá de Marraqueche” alegres e soltos, aproximei-me bem do ouvido dele e lancei o desafio do fogo da paixão com o convite: 'blá, blá, blá...vamos para o meu apartamento ou para o seu?" Olhando-me bem nos olhos ele respondeu: “Eu só saio com mulheres que tenham o clitóris bem grande ou que tenham rôla”. AAAAAAAAAAAai. So ai compreendi que ele era gay!

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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide