terça-feira, 9 de março de 2010

Rumo à Paris, com pérolas...

Sei que estou relapsa em relação à blogosfera. Peço mil desculpas e explico porque: Estou às vésperas de uma longa viagem que atravessará estradas, rios e oceanos e estou me organizando por essas bandas daqui. Não vou pelo Sul, nem pelo Nordeste. Vou pelo Norte mesmo e, a solução aqui é pegar estrada merrrrrmo! O caboclo tem que ter culhão. Desculpe o termo, mas nessa época de chuvas na Amazônia on ne rigole pas, as estradas podem estar boas ou não. Mas e aí? Eu não tenho culhão, mas vou mesmo assim. Vou com coragem e fé em Deus!
Recentemente, a família de uma prima perdeu um membro muito querido e, tudo virou do avesso, de repente. Isso, de repente! Porque, desgraça, só acontece derrepente. Além do mais, estou colocando em dias minhas aulas de violão tentando adiantar o curso que, normalmente, terminaria fim de março. Como se não bastasse, como boa brasileira que sou, deixei para a última hora ir ao dentista fazer uma limpeza nos dentes (para chegar em Paris com aquele sorriso cheio de luz. Afinal, vou para a cidade luz, né!) ; mandei fazer óculos também nas penúltimas semanas (isso depois de estar com a receita em mãos há uns dois meses!) Os meus óculos velhos já foram atacados de todas as maneiras imagináveis (pisoteio, queda no banheiro, perda, solda por haver quebrado, etc). Ainda tem a declaração de IR para fazer!.... E costureira... E não faltar à academia de ginástica. E a última visita antes de viajar à fazenda (já fui. De ônibus porque a estrada está um chiqueiro). Aiaiaiaiai! Quando toda essa correria acabar farei a mala bem leve porque me nego a carregar supérfluos. Não me encomende nada pesado que não levo, nem trago. Nem carrego comigo mais de 2 pares de sapatos (contando com o tênis), nem toalha, nem lençol. Só um rolo de papel higiênico que se transforma depois em papel-pra- toda-obra e pode-se usá-lo como bem entender. Se tomar um banho, enxugo-me com uma t’shirt. Onde for me viro... Só não quero carregar peso pois já tive experiências mil com mala-cheia-de-objetos-sem-utilidade, que acabou explodindo no aeroporto. Quer outra dessa? Só não posso deixar de levar umas coisinhas que, parecem sem utilidade mas não são não: a maquiagem e o colar de pérolas que meu filho me deu quando era criança e que voltaram à moda. Isso aí meninas! As pérolas voltaram! E de todas as cores! Vou até ver se encontro umas outras coloridas por aí pelas lojinhas...Afinal, sou mulher!
Sabe gente, confesso que depois de alguns meses por aqui, entre esse trânsito louco degentemaleducada e a mata cheiadegrosserias de todas as espécies viventes, estou ávida de cultura. Quero ir ver a Monalisa, no Louvre e a Olímpia, de Manet, no Museu d’Orsay e desejar-lhes, ainda que atrasado, um feliz Dia da Mulher. Mesmo que, até hoje, resta em dúvida o sexo e a verdadeira identidade da Mona, do Leonardo. Para mim e para muitos ela é o que está lá no quadro: uma mulher com um sorriso sarcástico zombando, talvez, do machismo, do preconceito e da politica de sua época.


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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide