terça-feira, 23 de março de 2010

Noticias daqui para meus seguidores.

Olimpia, de Manet-Museu d'Orsay.
Guilhotina
Jardin des Plantes, Paris
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Acabei de chegar em casa. Meu marido e eu ficamos em Paris de sábado até hoje, terca-feira de manhã. O suficiente para ir ao Museu d’Orsay ver Olimpia e outras maravilhas do Impressionismo, além de uma exposição sobre crime e castigo mostrando uns crimes bárbaros ocorridos em séculos passados e, inclusive, uma guilhotina enorme que raramente se encontra em museus porque foram todas recolhidas. Depois, pegando o Metrô Porte de Pantin, deu para dar uma esticadinha até a Cité de la Musique (francês gosta de chamar Cité, não me pergunte por que. Deve ser porque é mais do que um museu). Vimos uma exposição sobre o aniversário de Chopin e muitos instrumentos musicais de varias épocas e paises. No domingo, fomos visitar a Grande Galeria da Evolução, no Museu Nacional de História Natural situado no Jardin des Plantes, próximo ao ap onde ficamos. Vale muito a pena ir lá. A cidade ainda estava nua com as árvores despidas pelo outono e inverno que passaram. Assim, deu para ver algumas curiosidades que ficam meio escondidas nos prédios por causa das árvores como, por exemplo, um pequeno relógio situado na parte superior traseira da catedral de Notre Dame. Mas ao caminharmos às margens do rio Sena, já podiamos ver a chegada da primavera que começa a vestir as árvores com os brotos das primeiras folhagens. Os jardineiros já estavam laborando a terra nos jardins públicos para plantar, daqui a algumas semanas, as novas mudas de plantas. Em Paris, durante o dia a temperatura é agradável, caindo um pouco à noite. A Torre Eiffel estava linda com sua iluminação impecável parecendo mais dourada e romântica do que nunca…Aqui e ali, escutava-se uma sirene de algum carro policial. Domingo foi dia de eleição para a renovação do Congresso, na França. Os Socialistas venceram e esse não é o Partido da situação. Aqui, quando o povo não está contente, demonstra . Mas Paris continua linda e cheia de gente…partout, partout. No Norte, esta manhã, está fazendo 14° . Dá para suportar quando a casa é aquecida. Eu já disse que não reclamo mais do clima quente de Macapá, porque, quando estou aqui no frio eu quero CALOOOOOORRRR. Então, aguento caladinha tudo agora (menos o frio), eheheheheh!.
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segunda-feira, 15 de março de 2010

A todos os meus seguidores…e leitores discretos.

Eu sempre gosto de ler cada um. Porém, esses últimos dias estou num corre-corre só comparável com corrida de Fórmula Um e, não tenho tempo nem paciência para insistir com a Interlenta aqui do Amapá. Queridos, prometo que lerei um por um assim que percorrer os 8.000 km que devo percorrer brevemente até minha casa, no Norte da França. Lá, a Internet não cansa e terei mais tempo. Vou continuar acompanhando as noticias do meu Estado e do meu Pais, por essa via mesmo e inventar muitas outras coisas para não morrer de tédio no frio que resta por lá. Deixo o violão (ainda bem que já tem outro na loja me esperando), deixo o teclado, mas levo cópias de algumas velhas partituras para arranhar aquele teclado enorme que meu marido tem no escritório. Vou badalar nas academias por lá pois já estou farta de saber, ou melhor, sentir, que, se continuar parando de malhar como fiz até 2 meses atrás, vou me detonar toda. Estou toda metida porque já tenho 39 seguidores! Puxa, que bacana! Muito obrigada! (imagino o pessoal que tem 2000 ou mais, hem!) Beijo todos e todas com carinho e digo “À bientôt, mes chéris”.

P.S. Por favor, não deixem meu Macaco Simão morrer de fome, ta? Tem uma bananinha no cantinho da foto dele, bem embaixo. Clique lá para alimentá-lo pois ele sempre alcança a banana, onde quer que você coloque.


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terça-feira, 9 de março de 2010

Rumo à Paris, com pérolas...

Sei que estou relapsa em relação à blogosfera. Peço mil desculpas e explico porque: Estou às vésperas de uma longa viagem que atravessará estradas, rios e oceanos e estou me organizando por essas bandas daqui. Não vou pelo Sul, nem pelo Nordeste. Vou pelo Norte mesmo e, a solução aqui é pegar estrada merrrrrmo! O caboclo tem que ter culhão. Desculpe o termo, mas nessa época de chuvas na Amazônia on ne rigole pas, as estradas podem estar boas ou não. Mas e aí? Eu não tenho culhão, mas vou mesmo assim. Vou com coragem e fé em Deus!
Recentemente, a família de uma prima perdeu um membro muito querido e, tudo virou do avesso, de repente. Isso, de repente! Porque, desgraça, só acontece derrepente. Além do mais, estou colocando em dias minhas aulas de violão tentando adiantar o curso que, normalmente, terminaria fim de março. Como se não bastasse, como boa brasileira que sou, deixei para a última hora ir ao dentista fazer uma limpeza nos dentes (para chegar em Paris com aquele sorriso cheio de luz. Afinal, vou para a cidade luz, né!) ; mandei fazer óculos também nas penúltimas semanas (isso depois de estar com a receita em mãos há uns dois meses!) Os meus óculos velhos já foram atacados de todas as maneiras imagináveis (pisoteio, queda no banheiro, perda, solda por haver quebrado, etc). Ainda tem a declaração de IR para fazer!.... E costureira... E não faltar à academia de ginástica. E a última visita antes de viajar à fazenda (já fui. De ônibus porque a estrada está um chiqueiro). Aiaiaiaiai! Quando toda essa correria acabar farei a mala bem leve porque me nego a carregar supérfluos. Não me encomende nada pesado que não levo, nem trago. Nem carrego comigo mais de 2 pares de sapatos (contando com o tênis), nem toalha, nem lençol. Só um rolo de papel higiênico que se transforma depois em papel-pra- toda-obra e pode-se usá-lo como bem entender. Se tomar um banho, enxugo-me com uma t’shirt. Onde for me viro... Só não quero carregar peso pois já tive experiências mil com mala-cheia-de-objetos-sem-utilidade, que acabou explodindo no aeroporto. Quer outra dessa? Só não posso deixar de levar umas coisinhas que, parecem sem utilidade mas não são não: a maquiagem e o colar de pérolas que meu filho me deu quando era criança e que voltaram à moda. Isso aí meninas! As pérolas voltaram! E de todas as cores! Vou até ver se encontro umas outras coloridas por aí pelas lojinhas...Afinal, sou mulher!
Sabe gente, confesso que depois de alguns meses por aqui, entre esse trânsito louco degentemaleducada e a mata cheiadegrosserias de todas as espécies viventes, estou ávida de cultura. Quero ir ver a Monalisa, no Louvre e a Olímpia, de Manet, no Museu d’Orsay e desejar-lhes, ainda que atrasado, um feliz Dia da Mulher. Mesmo que, até hoje, resta em dúvida o sexo e a verdadeira identidade da Mona, do Leonardo. Para mim e para muitos ela é o que está lá no quadro: uma mulher com um sorriso sarcástico zombando, talvez, do machismo, do preconceito e da politica de sua época.


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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide