quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dentro da floresta, lagos e igarapés!

Visite as fotos recentes no slide show. Veja também um pouco de Caiena, capital da Guiana Fr., no nosso "caminho" entre a França e o Brasil.

Um dos trechos da floresta depois de atravessar o igarapé com os poraquês.


Bebendo água de cipó. Uma delícia. A água que havíamos levado já estava acabando.


Nessa altura do caminho, para facilitar para mim que já havia caido 2 vezes, meu marido já havia tirado o pouco peso que eu carregava (uma mochila quase vazia e a máquina fotográfica, mas também para não molhar, rsrsrs).

Nesse último sábado fomos aos fundos dos terrenos para ver a cerca que o vizinho construiu. Fotografamos e voltamos. Havia muita lama, água, pau caído pelo chão e muita mata. Medo de deparar com uma onça. Dessa vez não fomos de canoa pois as águas já estavam baixando e, para passar pelas partes altas com a canoa já está impossível. Fomos a pé e tivemos que enfiar as pernas dentro de tudo que atravessávamos com um baita cuidado (e receio) de meter o pé num jacaré ou esbarrar num poraquê ! Felizmente não aconteceu, mas o caseiro só falou que viu 3 poraquês passarem na nossa frente depois que atravessamos uma série de igarapés! Senão, eu não aceitaria esses atalhos lacustres! As botas pesavam com a lama que acumulavam e as águas que entravam até que encontrávamos um riachozinho para lavá-las. As pernas triplicavam o seu peso e, quando precisávamos levantá-las para atravessar um tronco meio caido no chão aí sentíamos o problema. Pegamos algumas quedas com um saldo de hematomas para mim e espinhos na mão do caseiro que, ao cair num buraco dentro d'água se apoiou num pé de açacu ou coisa parecida. Só meu marido não caiu, o sortudo! Mas a aventura mais uma vez valeu a pena pois eu adoro entrar na mata! Devo ter muito sangue índio em minhas veias. Ou, quem sabe, sangue de onça?

Nota:
Poraquê (Electrophorus electricus) é espécie de peixe actinopterígio, gimnotiforme, que pode chegar a três metros de comprimento, e a cerca de trinta quilogramas, sendo uma das conhecidas espécies de peixe-elétrico, com capacidade de geração elétrica que varia de cerca de 300 volts a cerca de 0,5 ampère até cerca de 1.500 volts a cerca de 3 ampères.
"Poraquê" vem da língua indígena
tupi, e significa "o que faz dormir" ou "o que entorpece", dado às descargas elétricas que produz.
Também é chamado de
enguia, enguia elétrica, muçum-de-orelha, pixundé, pixundu, pixunxu, ou, simplesmente, peixe-elétrico, embora não seja o único "peixe-elétrico" existente.
Típico da Amazônia (rios Amazonas e Orinoco), bem como dos rios do Mato Grosso, também encontra-se em quase toda América do Sul. (Wikipédia).




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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide