terça-feira, 16 de outubro de 2007

Com um pouco de atraso.

Que país é esse?

Certamente você lembra da famosa pergunta do Renato Russo e de sua não menos famosa música.
Podemos ampliar o leque de questões ainda mais. Vejamos: Que pais é esse? Que políticos são esses? Que pessoas são essas? Que eleitores somos todos nós?
Respondamos então, ou melhor, tentemos responder, se conseguirmos:

O país: o mesmo de sempre, sempre explorado e inexplorado indevidamente. Porque explorado e inexplorado. Não é preciso muito esforço para descobrir quando se acompanha a história de nosso país desde sua “descoberta” até a atual corrida aos biocombustíveis e outras cositas mais (quanto a isso já estamos com um pé na frente e outro atrás, pois a propaganda está muito grande e se ampliando como se o Brasil não fosse produzir nada mais que cana, cana e cana). E as viagens de nosso caro presidente exatamente no momento político atual enquanto o povo torce para que caia o Renan! E não sonhe que a CPMF vai cair porque também não vai pois, os acertos entre os nossos caríssimos representantes para que se mantenha a estuprante e forçada contribuição já estão sendo articulados há tempos.

Que políticos são esses? Você sabe...Os mesmos que fazem os acertos contra o bolso do cidadão. Aqueles mesmos que tentam comprar seu voto, sustentam a família do vizinho da outra rua com cesta básica, enchem a frente das casas dos compadres de material de construção, distribuem cargos no serviço público, etc, etc. Não, não são todos. Aprendamos a separar o joio do trigo. Para toda regra há sempre uma exceção (você já esqueceu?). Então, esse cidadão vai reclamar para quem quando os medicamentos (ou os remédios, como quiser) sumirem dos hospitais públicos? Vai exigir segurança de quem quando o bandido assaltar sua casa? Reclamará muito menos se seu filho estiver empregado por apadrinhamento, se sua comida não faltar na mesa, se sua luz continuar sendo paga pelo dinheiro dos bobões que reclamam...como eu e você que pagamos nossas contas e nossos empregados em dia. Ora, que seja dada a oportunidade para cada homem aprender a “pescar seu peixe” em vez de encontrá-lo já pronto para engolir, dentro de seu prato! Assistencialismo nunca fez alguém progredir. Só faz acomodar as pessoas. Mas, infelizmente, isso também dá voto!

Que pessoas são essas? As mesmas que recebem tudo, citadas acima e mais aquelas que têm como barganhar um cargo para a mulher, outro cargo para a amante, outro cargo para a filha e trocar outros favores mil. E depois, ainda olham para você, cidadão honesto, de cabeça erguida e de cima para baixo como se fosse você a escória da sociedade, o pária parido pela p que pariu! Você sabe! Se não sabe procure se informar pois tudo se pode ler e ouvir hoje em dia. Afinal, a liberdade da imprensa e da comunicação atingiu seu apogeu e marcha de mãos dadas com o mundo virtual e a democracia.

Que eleitores somos todos nós? Eu, tu, ele, nós, vós, eles. Somos todos culpados: por conivência, por omissão, por votarmos nos mesmos sempre pois, ainda que a honestidade não esteja estampada na cara do candidato (ou candidata), podemos procurar conhecer um pouco de sua vida, seu comportamento, suas referências, enfim. Seria necessário a existência de um Serasa Político que fornecesse ao eleitor um raio x de cada candidato.
Ei, um bom ai para copiar essa idéia. Prometo que não vou requerer os direitos concernentes. Mas, cá para nós, você acha que a maioria do eleitor iria levar esse tipo de Serasa a sério?

sábado, 29 de setembro de 2007

Status aposentatorus ou retraite.

Minha cara de aposentada naquele rio infestado de piranhas e arraias. As piranhas só atacam se você estiver com algum ferimento. Aqui, a gente não se aventura muito, mas dá para nadar uns metros além da plataforma que construímos e onde estou sentada na foto. Foto: Rafael. set.07

Gente! Estou aposentada com portaria e tudo desde 21de maio p.p. e não postei nada sobre isso! Que descuido!
O francês chama para a aposentadoria de retraite. Já para o pessoal aqui do norte retraite, ou retrete, significa sanitário, privada, latrina. O povo do norte não está errado não pois, essa palavra significa retirado. Logo, retirado do trabalho ou retirado na intimidade para fazer aquelas coisas que só você pode fazer por você (na retrete amazônida).
No meu caso, eu estou em estado de retirada do trabalho, aposentada voluntariamente. O fato de estar aposentada parece não ter muita importância, mas tem sim. Principalmente no meio familiar. Sem contar que aquele nosso inimigo estresse diminuiu bastante.
Agora tenho mais tempo para resolver as coisas pessoais, familiares, etc. Só o estresse com isso já basta.
Tenho mais tempo também de ficar no pé do mecânico, grudada ali para ver se ele troca realmente as peças no meu velho carro, quando ele reclama algum cuidado;
Tempo para ficar no pé do pedreiro para ver se ele não deixa rachaduras num lugar quando quebra outro para reparar;
Tempo para ficar no pé do pintor para ele não pintar o portão automático junto com o muro se o portão é “impintável”!
E é claro, tempo para ir a qualquer tempo a qualquer lugar e passar dias além do fim de semana, se eu quiser.
Não me iludo. O salário diminuiu um pouco. Mas diminuíram também as despesas com roupa e combustível. E, em compensação, o filho já trabalha e o marido supre também outras cositas. E, o que é importante: sempre fui muito equilibrada, chegando mesmo a me chamarem de mão de vaca. Mão de vaca uma ova! Não vou é fazer como muita gente faz por aí: comer como galo e cagar como pato (desculpem a expressão, mas a mesma, se ainda não consta no Aurélio já deveria estar constando há muito tempo, de tão popular que se tornou).
Só uma coisa desse “status aposentatorus” não me agradou no início: ficar sem aquela rotina diária de sair para trabalhar e contactar com os colegas e de me assoberbar de trabalho. Mas isso foi passageiro pois, arranjei tanta coisa para fazer que logo me adaptei. Uma dessas coisas foi muito involuntária e desagradável: meu velho carro sofreu um início de incêndio perto da caixa de ar condicionado e eu passei pela mão de 2 eletricistas tão ladrões que, por dois meses fiquei reparando peças no meu carro que nada tiveram a ver com o incêndio. Isso me ocupou até demais e,é claro, me aporrinhou muito também.
Mas, não me impaciento mais como antes, apesar de eu ser bastante impaciente e, ás vezes intolerante. Vou levando a vida no dia a dia e botando pra trabalhar quem está por perto quando eu preciso de alguma coisa. Até eu trabalho se for preciso, rsrs. P.ex. Quando fui buscar o IPTU de um terreno na Prefeitura, o pessoal estava tão ocupado que ofereci ajuda, levando em conta minha profissão de bibliotecária, para organizar os IPTUs devolvidos pelo correio. Fui imediatamente colocada para dentro da sala junto dos funcionários e organizamos tudo em ordem alfabética, por nome de contribuinte, num estalar de dedos. Por onde ando, se precisarem de ajuda e eu estiver dependendo desse pessoal eu não penso duas vezes. Eu já fazia isso antes de me aposentar. É que eu não agüento ficar esperando. Nesses casos a ajuda é sempre bem vinda. Mas, quanto aos mecânicos e pedreiros sou mesmo um pé no saco, rsrsrs. É melhor eu ficar grudada neles do que levar prejuízo, ou voltar 10 vezes para refazer o serviço, não é? Principalmente porque muitos pensam que pelo fato de ser mulher, a gente pode ser enganada sempre. Enganam-se redondamente.
Faça acontecer o que for bom para você e para os outros, sem atropelar ninguém.
Vive la retraite!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Minha mae e sua professora de flores.

Em uma rua do centro de Belem, em sua adolescencia. Suponho estarmos entre os anos 39 e 40. Faz tempo, hem! Foto espontanea tirada por um fotografo lambe-lambe na (Tv.?)Joao Alfredo, segundo minha mae, esq. da foto.


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

As vozes da floresta.

(dedico ao filhote de onça vítima de incêndio recente)
Foto: Veneide
As minhas estranhas…
Descobertas, recobertas, manuseadas,
Roubadas, incendiadas...

Mãe terra, floresta desvirginada.
Outrora, feliz, isolada, inexplorada.

Irmão índio, irmã onça,
Insetos, aves, serpentes, lagos, rios...flores.
Todos irmãos, filhos e filhas
Em harmonia, em sintonia, dependentes.
Cantos, urros, silvos...perfumes.

Já não tenho forças para perguntar:
Por que me entranhar?
Por que me esquartejar?
Nada mais compreendo.

O segredo é ficar em segredo
Da curiosidade vil dos passantes,
Que, perdidos no que fazem,
Procuram por todos os meios
Ocupar, explorar, exterminar
Sem tudo isso muito a sério levar.

Só meus irmãos e meus filhos compreendem
A angústia que transmite o farfalhar de minhas folhagens,
Pois essa angústia é também deles.

Ah, se eu pudesse mover meus pés...
Mas não posso. Estou enraizada nesse solo!

Assim, antes que me calem por completo,
Faço ressoar os sons de minhas entranhas
na imensidão complexa do universo desses versos.
E que meus gritos encontrem eco em corações conscientes
Que reconhecerão então sua própria voz,
E não poderão mais calar...estranhar.
Doentes...ausentes...ventos dementes...shshshshshshshsh


Veneide, 24.09.2007

domingo, 23 de setembro de 2007

Museu no norte da França.

Aqui, ano de 1895. Porém, no inicio da década de 60, do sec. XX, quem estudou no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, em Macapá, sentou em carteiras assim. Fatos e coisas da vida de outras pessoas que se repetem em nossas vidas, ou se mantém.
E nós. Sera que deixaremos vestigios para nossos bisnetos conhecerem a maneira de viver atual? O amolador de facas e tesouras. Esse meu marido é muito presepeiro!
Engenhocas de lavar roupa suja. Precursoras de nossas atuais máquinas infernais que fazem tudo.

Agora, para fechar o pacote: uma boquinha com um prato francês bastante substancial. Sem entradas. Ou você não termina o prato principal. Para acompanhar, uma boa cerveja do norte francês que é uma região que fabrica todas. Nada de vinho hoje, mademoiselle. Merci beaucoup. Une blonde et une brune, svp.

sábado, 22 de setembro de 2007

Hallstatter- Austria, idade do bronze.

Hallstatter, antiga mina de sal datando da idade do bronze. Hoje, local pitoresco a beira de um lindo lago.
Desculpe não haver tradução. Meu alemão so serve para dizer bom dia e olhe lá.

Sapatos datando de 800 a 400 a.C.
Nós fomos de carro, parando e acampando entre vinhedos e plantações. Genial! É claro que, depois, recolhíamos a bagunça espalhada.


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Outro momento. E que momento!

Na Austria, julho de 2002.




Eu, em dois momentos.

Aos 7 ou 8 anos? Com minha irma Vanda. Acho que eh o mesmo gatinho que tinha um olho azul e outro verde.

Pobre cavalo! 2001. O bicho estava mais enferrujado do que eu. rsrs



Cuidado ao escolher o proximo prefeito (a).

Na verdade, ninguem da a minima para o povo.
Precisamos ter muito cuidado ao escolher nosso candidato nas proximas eleicoes. Tem gente aih nessa lista se preparando.
Muitos voltam e continuam a fazer bonito, porem outros voltam e..... veja o resultado.
Lembram daquela lista de deputados que votaram contra os direitos dos funcionarios publicos quando das reformas previdenciária e adminitrativa ocorridas no periodo FHC na decada de 90? Pois eh. Constava tambem dessa lista, entre outros, o nome de uma dessas pessoas que tambem votou hoje a favor da CPMF, ou seja, contra o povo que ainda tem uma continha bancaria (todos nos).
Os Fernandos nos chamaram de Marajas, fantasmas e vagabundos (desde esse tempo, nao param de aumentar a idade para o servidor se aposentar). Estah claro que alguma coisa tinha que ser modificada mas, por que sacrificar tanto o funcionalismo publico do Poder Executivo, que eh o que tem o salario mais vergonhosamente congelado dos 3 poderes? Isso nossos eleitos nao reconhecem.
Desde a gestao dos Fernandos, quando acontecia uma correcao salarial mais decente para determinadas categorias (fiscais, policiais), outras nao eram incluidas, tais como: o assistente social, o bibliotecario, o economista, etc. Essa humilhação e desrespeito vergonhoso comecou com o Collor (cuidado, ele tambem voltou). E, o que eh pior de tudo isso, a educacao, a segurança, a saúde, não melhoraram em quase nada.
Mas, nao podemos deixar de reconhecer que o atual presidente investiu mais no povo e em concursos públicos que os fernandinhos, so que ajeitar toda a bagunça deixada não estah sendo fácil, principalmente quando se tem uma corja por perto atrapalhando.

Quem votou sim e quem votou não pela prorrogação da CPMF

Evandro Milhomen AP Sim
Sebastião Bala Rocha AP Sim
Fátima Pelaes AP Sim
Jurandil Juarez AP Sim
Lucenira Pimentel AP Sim
Dalva Figueiredo AP Sim
Davi Alcolumbre AP Não

Observe bem que o resultado reflete tb a orientacao do partido de cada deputado.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ ult96u330125.shtml
Ateh quando vao continuar a morder nosso bolso?
Onde esta aquele ex-ministro da saude do FHC que teve essa estuprante ideia. So espero q ele esteja "dando" muita grana p a CPMF.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Fotos antigas

Minha mana Vanda, uma amiguinha Olivia e eu, ja com ar de independencia, rsrsrs. Certamente no centro da cidade, entre as ruas Candido Mendes e a S. Jose. Letra da minha mami.


Em frente ao antigo forum, atual predio da OAB.
Meu pai, Veridiano Souza, meus irmaos Augusto (o mais velho), Armando, Vanda e eu.











Minha mana Vanda com medo do leao, rsrsrs




A familia quase completa.









.

Eu e o feriado de 07 de setembro.

Ate que enfim os postes de energia eletrica foram implantados. Brevemente poderemos estocar alimentos pereciveis, etc.



Enfim consegui incluir uma foto no texto! Acho q era o meu computer.
A foto, no barco sobre o Araguari. Feliz com a thurma.
beijos
Uma de janeiro 06



quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A foto do acai na fazenda.

Desculpem. Não quero despertar apetite nem saudades. É apenas uma prova do resultado da conservação da natureza. Foto: Veneide

Gente! Faz tempo q n escrevo. Desculpem os q me leem.
Estou muito envolvida c a ruralidade na beira do rio. Ja estou me sentido quase um bichinho, rsrs.
Sabem essa foto do acai? Ela provoca saudades na minha querida prima q mora na Italia.

Vcs poderiam me ajudar a decidir sobre a retirada ou nao da foto desse blog? Eh q acho essa foto tao gostosa! rsrs.

Deem uma opiniao, please.


beijos

Veneide

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ao encontro do selvagem.

Bom dia , meus queridos amigos!

As palavras de vcs no meu blog são como uma brisa fresca que sopra no deserto.
Adoro vcs!
Claudinha, vc é única. Não se preocupe que ninguém copia ninguém quando se trata de sentimentos.
Agradeço pelas palavras de incentivo de todos.
Vou me ausentar uns dias (se bem que não tenho frequentado muito os blogs, nem meu próprio).
Motivos vários.
Agora estarei na fazenda, sem internet infelizmente (ou felizmente?) Completamente selvagem no meio da Amazônia, rsrs.
Até breve
beijos em todos
Veneide

domingo, 15 de julho de 2007

Sejam bem-vindos o canto do sabiá e as fezes do bem-te-vi!

Minha terra tem palmeiras
onde cantam o bem-te-vi e o sabiá.
E, entre essas palmeiras
tem o açaí, o buriti e o mucajá.
Mas é no açaizeiro do vizinho
que vem cantar o sabiá
e na grade da minha janela
que ele vem pousar.

O danado do bem-te-vi se empanturra
no açaizeiro do vizinho, no meu pé de abiu e na sapotilheira.
Depois, canta como um desesperado.
Os vizinhos gritam: “Xô bem-te-vi,
não vem agourar as meninas daqui"
(quando o bem-te-vi canta muito perto da casa de alguma mocinha,
significa que vem bebê a caminho).

No jardim do meu amado, país longínquo e frio,
tem groselhas, peras e ameixas mil.
O sol apenas se mostra, o vento é traiçoeiro,
lá pelos meses de novembro a fevereiro.

Assim, preferindo o sol e o açaí,
vou ficando por aqui. Deus quer.
Meu bem está vindo, chegando devagar,
pensando em mim, no açaí, no navegar,
nas palmeiras da nossa terra.
O bem-te-vi não incomoda:
não posso mais engravidar. Ahahah!

Porém, o canto insistente do sabiá
não deixa ninguém dormir!
Já o bem-te-vi, adora soltar umas manchas de açaí
sobre o carro e a roupa no quintal.

Amo minha terra cheia de palmeiras.
Choro por minha terra desrespeitada
e sua natureza violentada.
Oro a Deus para livrar meu país dos corruptos
e fazer as pessoas compreenderem,
que aquele que compra seu voto
compra sua alma para espezinhá-la.

Sejam bem-vindos o canto do sabiá e as fezes do bem-te-vi!

Veneide 15.07.2007

terça-feira, 26 de junho de 2007

Reparando atos.

Na vida, fazemos e refazemos coisas. Reparamos ou mandamos reparar objetos. Reparamos até mesmo os atos quando temos oportunidade para tal. Atos que praticamos ou que deixamos de praticar.

Penso que reparar esses últimos atos é difícil quando se tratam de atos que tenham lesado alguém ou você mesmo. Chamo esses atos de atos concretizados ou não (atos omissivos) e não vou me referir aqui a eles pois, geralmente, suas conseqüências foram danosas para quem os sofreu e aí caberá à seara do direito fazer “repará-los”. Mas não é o meu caso.

Aqui, quero me referir àqueles atos que parecem banais tal a sua semelhança com a simplicidade mas que, também, deixam no ar alguma coisa de suspenso, algo que ficou na expectativa, algo a fazer, a concretizar com um simples gesto de amor, de amizade, de companheirismo ou de consideração, tais quais:

1-uma foto tirada de um amigo no seu casamento ou aniversário há anos e que você adiou a entrega e, toda vez que arruma suas gavetas ou que arruma em cima de uma mesa, você encontra essa foto e exclama: “Caramba, ainda não entreguei essa foto. Hoje eu vou entregar”! E, como você fez tanta coisa esse dia, quando você arruma novamente suas gavetas ou suas mesas dias ou meses depois, você encontra novamente a bendita foto. E torna a exclamar o “Caramba...”;

2- aquela promessa não cumprida em resposta àquele convite “aparece lá em casa pra gente conversar”. E você não aparece. E nem a outra pessoa também aparece. Quando você encontra esse amigo meses, anos depois, ambos embranquecendo os cabelos, os olhos já perdendo o brilho da juventude, você diz “Oh amigo, quanto tempo!” E, em questão de minutos, procuram colocar os papos em dias, mas é sempre correndo e aí então, quando se despedem tornam a dizer um para o outro “Aparece lá em casa”, “Sim, vou aparecer”. Até que um dia são seus filhos ou de seus amigos, as crianças que, já crescidas, cruzam com você na rua, no trabalho, no comércio ou na academia de ginástica, e você diz “Você não é filho do fulano (ou da fulana)? Nossa! Como você cresceu! Conheci pelo sorriso que é parecido com o de sua mãe. Como vai ela? Diga que a fulana manda lembranças”!

Hoje, ao procurar algo em cima da minha mesa de cabeceira, achei duas fotos tiradas com amigos no dia de meu casamento, há quase dois anos. Fotos que revelei para entregar. Já entraram e saíram do envelope, da bolsa. Acabei de colocar dentro da minha agenda (estou torcendo para que minhas amigas estejam onde penso que estão nesse momento). Vou entregar. É hoje o dia de reparar esse ato e cumprir essa promessa.

Ou provocamos as situações para encontrar os amigos, ou mais tarde não conheceremos mais seus filhos e aí sim, nos sentiremos envelhecendo. Que tal um simples almoço ou jantar? Mas... compareça, né!

Por isso, quero parabenizar aqui meu irmão Armando e o amigo José Maria que, filhos já crescidos, não deixam de se encontrar os fins de tarde para tomar aquela gelada e colocar os papos em dias pegando aquele ventinho da frente da cidade (de vez em quando eu passo lá também). Esses anos todos, desde que se conheceram no colégio o Armando e o Zema têm conseguido ir além de “passa lá em casa para conversar”...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Comi lulas!

Hoje de manhã falei a minha diarista: “Vamos comer lula.”
Ela respondeu assustada: “Cê tá loca. Comer o presidente”. Respondi:”Loca tá tu. Onde já se viu comer o presidente. Essas lulas são da água. Do mar. Entendeu sua moquinha?
Com todo o respeito, bem que eu queria dar umas dentadas nele, por causa do meu salário que ele continua mordendo, como fez o FHC. Bem que ele merecia.... Bom, deixa pra lá”.

Cortei e lavei as lulas bem lavadas. Temperei bacana com sal, limão, etc. Coloquei uns camarõezinhos na panela.. Depois, refoguei com um tiquinho de azeite, cebola, alho e cozinhei até amolecer. À parte, refoguei também com azeite e shoio pedaços de pimentão, cebola e tomate. Misturei as lulinhas, dei outra refogada e...fomos à mesa comer lulas.

Tudo isso sem contar que, ao passar com as lulas no caixa do supermercado, a vendedora falou para a empacotadora: “Nunca comi lula”. Para o que a empacotadora respondeu: “Nem eu. Só o presidente”. Aí eu olhei para ela e disse:”Mas, acho que essa lula você também não comeu, não é?” Ela não entendeu e me olhou sem expressão com cara de “sei lá, entende”. Aí compreendi que a empacotadora deve ter entendido a vendedora dizer que nunca havia visto lula...do mar. Rsrsrs.

domingo, 24 de junho de 2007

domingo, 17 de junho de 2007

O tempo, o pensamento e a vida.

Oi amigos, desculpem se me ausentei por um tempo.
É que, ele, o tempo, não pára, nem para você pensar.
E o pensamento, esse então, é atemporal.
E, como se não bastasse só é limitado pela imaginação.
Nossa! Como o pensamento é instável. Fugaz. Seria ele um prostituto?
Ora dormita aqui, ora dormita ali. Imagina...imagina. E nem sempre cria.
A velocidade, essa também não espera você.

O pensamento estava agora mesmo naquela folha de papel que voou de cima da mesa de uma perna só.
Afinal, ela voou, mas caiu sobre alguma coisa, sobre uma base.
Ela caiu sobre o piso da casa...e se aquietou.
Não, não tem nada a ver comigo: eu não me aquieto. Nunca.
Ao dormir, sim. Ao olhar o rio Amazonas em frente a minha cidade, sim.
Mas...e o pensamento?
Bom esse aí, deve descansar no inconsciente quando dou uma trégua ao corpo no leito do sono.

Meu recado para uma amiga por ocasião da mudança para a nova casa:
“Curta muito essa nova fase de sua vida. Mudanças para melhor sempre fazem bem. Não importa quantas caixas você tenha que abrir e fechar.
A vida é assim mesmo: um abrir e fechar de caixas; um tirar e guardar de objetos servíveis ou inservíveis”.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Folha de caderno

Estou só.
Só como o número ímpar.
Só como uma mesa de uma perna só.

Estou vazia.
Vazia como aquela garrafa
Em cima da mesa de uma perna só.

Estou leve.
Leve como aquela folha de caderno
Em cima da mesa de uma perna só.

Soprou um vento forte.
Ah! A garrafa vazia acabou de cair...
A folha solta acabou de voar.
A mesa de uma perna só acabou de balançar.
Ninguém mais a quer escorar.
Ahahahahahahahahahahahaha!

Veneide, 18.05.07

domingo, 13 de maio de 2007

Carta para minha Mãe

Querida mamãe,

Do dia em que Deus levou a senhora para perto dele até hoje, já se passaram alguns anos.
Mas na lembrança e no coração de seus filhos a senhora está presente como se nossos olhos estivessem sobre a senhora nesse instante, como se sentíssemos o seu perfume e como era macia a sua pele e quão doce era o seu olhar.

Mãe querida, a sua presença concreta eu busco ainda, cada dia. Como na época em que, ao sair do trabalho, eu pegava meu filho e ia vê-la e ao papai em nossa antiga casa, para tomar bênção e para levar meu filho para que fosse abençoado por meus pais. Depois, com a doença que abateu a senhora, sua memória permaneceu intacta mas seus movimentos ficaram limitados.
Ah, como isso nos fazia sentir mal. Ver a senhora outrora tão independente e ativa, tão sorridente e solícita, ficar tão limitada! Mas o que era pior, percebíamos que a senhora também se sentia assim. Mas quando a senhora olhava para seus filhos e netos, o seu olhar, Aleluia! Continuava o mesmo olhar doce e meigo. E quando eu a chamava de Princesa a senhora sorria. E eu deitava minha cabeça sobre seu colo e lhe agradecia e pedia perdão pelas molecagens. Que abençoada me sinto por ter tido essa oportunidade e, principalmente, por ter tido a senhora como mãe e como amiga!

Papai partiu primeiro. Foi como se nossa metade tivesse partido com ele. Que péssima sensação! Porém, mesmo nos sentindo assim, nos confortávamos com a senhora. Só que, depois que chegou a sua vez de ir embora ficou o vazio daqueles nossos encontros, aquela sensação de falta alguma coisa na hora do almoço e no fim da tarde...

Falta a presença importante de vocês em nossas vidas. Algumas coisas que ainda precisavam ser ditas, perguntadas, apesar de eu ter perguntado sempre muita coisa. E de havermos conversado bastante sobre nossas origens, sobre a família. Na verdade, todo o tempo do mundo não seria suficiente para nós. Mas, não podemos reter o tempo, infelizmente. Nem revertê-lo.

Assim, só nos resta o conforto de buscar sempre a felicidade, pensando que era isso exatamente o que vocês desejavam para nós, seus descendentes.

Oh, querida Mãe, que saudade! Nesse instante, com os olhos cheios de lágrimas só quero uma coisa: gritar MÃE! MÃE! Mas, sufoco meu grito e balbucio: Mãe, que saudade!

E vejo e sinto novamente o teu doce olhar sobre mim...

Sua filha que muito a ama,
Veneide

terça-feira, 1 de maio de 2007

Nesse Dia do Trabalho


Eu queria tanto...
Crianças na escola,
Pais com trabalho,
Hospitais com remédios.

Eu queria tanto...
Sorrisos e não lágrimas,
Comida em vez de fome,
Vida em vez de morte.

Eu queria tanto...
Menos egoísmo,
Menos esmola,
Respeito,
Dignidade,
Comida,
Educação,
Saúde,
Segurança,
Cultura.

Eu queria tanto
Ver meu povo
Menos passivo.
Menos complacente.
Mais exigente.

Eu preciso tanto
Apalpar esse sonho.
Acreditar no impossível.
Ver mudar e melhorar.

Veneide

Mcp, 01.05.07

sábado, 28 de abril de 2007

A cobra civilizada

Puxa! Vai fazer um mês que eu estava ausente. O tempo voa e a vida acompanha. Longe das minhas bases desde o dia 8 voltei à terrinha, depois de passar com meu marido umas férias maravilhosas na nossa toca no mato atravessando de canoa lagos infestados de jacarés e sucuris (essas últimas estavam exterminando os patos da mulher do caseiro). Sem contar que nossos passeios na floresta nos fazem passar por lugares preferidos de jararacas e surucucus. Só que, tenho motivos para acreditar que certas pessoas são mais perigosas do que os animais que agem por instinto. Já vou dizer porquê.

No dia seguinte ao da nossa chegada, depois de ter levado meu marido ao aeroporto, meu carro foi vítima de um curto que provocou um incêndio no painel, quase na minha cara. É isso mesmo. Cara. Porque não foi bonito não o meu susto e o susto que dei nas pessoas que me acudiram. Graças aos professores que estavam de saída da sede do sindicato na Av. Raimundo Álvares da Costa, na tarde da quarta-feira, dia 25, onde parei meu carro assustada, o início do incêndio não deixou maiores prejuízos. Não tenho como agradecer ao prof. Marcelo e aos demais professores que me acudiram e confortaram naquela hora. Um beijão no coração de vocês.
Pessoas como essas me fazem acreditar ainda na solidariedade humana.

Só não posso dizer o mesmo do mecânico safado e enrolão para quem levei meu carro para os reparos necessários, na quinta-feira. Pasmem, o cara arranjou tanta gente para me vender peças dizendo que eu precisaria trocar essa e aquela peça que eu fiquei desconfiada. Segundo ele, eu deveria trocar o alternador do carro e o motor de partida. Só que o fogo não havia passado do painel, sob o volante do carro. Não atingiu sequer o lado direito do mesmo. Muito menos a parte que fica dentro do capot. Ele tentou me convencer que as referidas peças estavam queimadas. Hoje de manhã cedo, ele fez um teste fuleiro na minha frente. Não me convenceu. Então peguei o alternador e o motor de partida e saí de lá. No caminho, passei na casa do meu irmão para que fosse comigo testá-los em outra oficina. Adivinhem: estava tudo em perfeita ordem. De volta à oficina do enrolão, acionamos o guincho do meu irmão. Fui logo dizendo que não precisava trocar nada porque as peças estavam boas e que eu ia tirar meu carro da oficina dele. Assim, encurtando conversa, sem discussão levamos o carro para uma oficina mais séria. Nem conto o estresse pelo qual passei desde a quarta-feira. Agora estou em paz. Já pude repousar um pouco. Só para vocês terem uma idéia, as referências que eu havia recebido do mecânico enrolão foram as melhores possíveis. Mas ele tentou enrolar a pessoa errada, pois sou mais desconfiada do que gato em quintal onde tem cão valente. Viram? Gente desse tipo é pior do que cobra peçonhenta. En garde! Como dizem os 3 Mosqueteiros (que na verdade eram 4).

segunda-feira, 2 de abril de 2007

O Caboclo da taquara

Quando eu e meus irmãos éramos crianças, sentávamos ao redor de nosso pai, o seu Veridiano Souza, para ouvirmos as aventuras de suas caçadas. Nossa mãe Andaoa, ficava um pouco à distância, com aquele seu sorriso de felicidade ao ver a prole rodeando o marido querido e, às vezes, convencido. Ficávamos tão atentos que nada fazia a gente sequer se mexer do lugar. Primeiro, porque nossa curiosidade era muito grande, segundo, porque nosso querido “velho” sabia contar como ninguém uma estória ou um caso. E, quando ele começava, ficávamos encantados, a vida se transformava em um sonho.

Nossa mãe também nos contava estórias muito bonitas, como a do Príncipe Pato e outras de paixões e encantamentos.

Mas, uma estória que nos marcou, talvez porque fosse curta e porque fizemos o papai repetí-la inúmeras vezes, foi a estória abaixo que ele contava recitando:

"Era uma vez, um casal apaixonado.
A moça era muito jovem, o rapaz também.
Os pais da jovem logo perceberam os olhares que os dois trocavam. Aí, passaram a vigiá-la e a mantê-la em casa para evitar qualquer escapadela.

Os jovens haviam decidido que “se tratariam” por Dengo (a moça) e Gemido (o rapaz).
E tinham uma amiga em comum chamada Conceição.
Certo dia, haveria um sarau na residência da jovem.
O rapaz, como todo apaixonado, encontrou rápido um meio para mandar-lhe um recado.
Contratou um poeta para levar o tal recado.
O poeta, diante dos convidados, com uma vara na mão vendo a jovem triste ao lado dos pais, começou a recitar:

Sou caboclo da taquara
Do tamanho desta vara
O Sol me deu na cara
A Lua me deu nos ouvidos.
Na casa de Conceição,
Dengo, está o teu Gemido.”

Pronto, nem é preciso dizer que, desde o dia em que papai contou essa estória para nós, a filharada dele não o deixou mais em paz: “Conte papai, conte papai, a estória do Dengo e do Gemido”.

Taquara (vegetal) Gramínea semelhante ao Bambu nativa da América do Sul

sexta-feira, 30 de março de 2007

Eu vejo, tu vês, ele (ela) vê...

TUDO SÃO MANEIRAS DE VER (Fernando Pessoa)

"Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.

Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.

E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.

"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."

sexta-feira, 23 de março de 2007

Tarde meio grogue

Caramba! Essa tarde, quando voltava da ginástica fui ver uma amiga. De volta para pegar o carro quase eu atravessava a rua de qualquer jeito. Eu estava meio grogue. Um ônibus passou tirando fininho de mim. Caí na real. Nossa! Foi horrível a sensação de quase ser atropelada! Talvez excesso de ginástica? Falta de potássio? Não sei. Vou verificar. E "acender" mais a atenção antes de atravessar a rua.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Mais uma operação da Policia Federal (10:00)

Essa manhã, como todos os dias ao tomar meu café, liguei as rádios da cidade para escutar as últimas notícias. Estava um reboliço total no meu Estado. Motivo: Segundo o repórter Douglas Lima, da Rádio Antena Um, a Polícia Federal deflagrou às 6 horas da manhã nos Estados do Amapá, Pará e Ceará, a operação “Antídoto”, com o objetivo de investigar fraudes nas licitações para aquisição de medicamentos para a Secretaria de Saúde do Amapá. Várias pessoas supostamente envolvidas foram detidas e estão sendo mantidas no prédio da PF para investigação.

Pelas informações recebidas dos repórteres que se encontram no prédio da PF/Macapá soubemos que a operação está apreendendo todos os objetos encontrados nas residências de alguns envolvidos, que possam servir de provas para uma possível denúncia pelo órgão oficial, tais como, computadores, carros importados, etc.

Em comentários, alguns repórteres diziam que já se esperava uma operação dessa envergadura desde março do ano passado, 2006, por conta de algumas denúncias surgidas à época.

Vamos acompanhar a seqüência dos fatos torcendo para que, por esse lado daqui, isso seja o início da solução dos problemas com o mau atendimento e a falta de medicamento, leito, etc, nos hospitais públicos da região.

Foram várias as pessoas que ligaram para o programa, dando apoio à operação, inclusive um médico confirmando a situação calamitosa que os profissionais vêm enfrentando, devido à carência de medicamentos e de meios de atendimento às pessoas que buscam atendimento na rede de saúde pública deste Estado.

Eu mesma, quando viajava de ônibus, pela estrada Ap070, (aquela que segue pelo Curiaú e que não teve sequer 1 km asfaltada em 2006, ano eleitoral) horrível, lamacenta e esburacada e que se tornou intrafegável para carros pequenos, ouvi uma senhora (cujo nome me reservo o direito de não citar) contar que sua filha, ao precisar de atendimento no Hospital da Mulher, há alguns dias, teve que dividir um leito com outra paciente, sangrando todas duas! A mulher em questão fez um barulhão até colocarem sua filha em um leito vazio. Antes do barulho, a enfermeira lhe havia dito que não havia leitos disponíveis no hospital.

Citando uma frase que se repete no meio jurídico: “Quem não luta pelo seu direito não é digno de tê-lo”.(Rudolf von Ihering)

Eu digo:“Cala teu direito e pisarão sobre ti. Porém, não esqueças que tens também deveres”. (Veneide)

quarta-feira, 21 de março de 2007

A todos os blogueiros

Ontem eu estava tão ocupada com a papelada da minha aposentadoria que não acessei os blogs.

Hoje cedo, tomei conhecimento do falecimento do blog “Aqui não, Genésio”. Deixo aqui meu lamento, na esperança que nossas bocas não se calem e nossas mãos não se cansem de escrever contra os desmandos da corja que se instalou em nosso país. Felizmente, nós brasileiros, acostumados a ver os problemas do país sendo levados na base do samba, comendo pizza, já estamos percebendo que desse jeito não pode continuar.

A Internet nos possibilita meios de comunicação dos quais podemos lançar mão para nos expressar e conhecer a expressão de outros. A Internet transformou a distância num nada, num zero. A distância virtual, se posso assim chamar, é nula ela mesma. O blog, é um desses meios, aliás, fabulosíssimo. Assim, temos a oportunidade de liberar nossos pensamentos, nossas idéias, nossas angústias, nossas alegrias, etc. Oxalá sejam todas salutares. Isso é comunicação e, como já dizia o Chacrinha: “Quem não se comunica se trumbica”.

Amamos esse país. Não podemos nos calar. Precisamos abrir nossas bocas virtuais para lutar através do teclado de nossos computadores, silenciosamente, mas não podemos deixar que isso nos tire a paz. Um dia, quem sabe? Todos os blogueiros se unirão em frente ao congresso para um protesto em massa, ao vivo e a cores? Tudo pacificamente, como só o brasileiro sabe fazer.

Veneide

sábado, 17 de março de 2007

Pesadelo de um homem bom

Olá amigos.

Peço que não se choquem com o poema cá'baixo. Escrevi em um momento de revolta contra a infidelidade de uma mulher fictícia a um homem maravilhoso. Mas, no final, salvo o herói. rsrsrs.

Peço que deixem suas impressões.

"Pesadelo

Você é tudo que não sonhei.
Você representa tudo que nunca imaginei encontrar.
Você é um chute no saco, um pisão no unheiro, um escorregão no galinheiro.
Quando me perguntam onde encontrei você, respondo:
Num beco sem saída na hora em que eu estava aperriado
Procurando me aliviar num cantinho sossegado.
Você estava junto à sarjeta, com a cara cheia de cana caída no chão.
Que bacana!

Tentei te ajudar, te dando a mão e um lar seguro.
Você usou e abusou, fez de mim seu macho, seu lacaio, seu capacho.
Depois você me traiu (e ainda achou pouco).
Esperei que mudasse, que se consertasse, que se mancasse.
Armei minha espreguiçadeira e esperei. Esperei em vão.
Horas a fio, dias sem conta por conta da vida de cão.
Cansei. Larguei você. Cansei de ser corno manso, fervoroso e devoto.
Agora você vem alegar que lhe devo amor e atenção com juros e correção.

Você é fria e calculista. Mulher pretensiosa e audaciosa.
Não se acanha de levar tal pleito junto a essa corte de respeito?
Difamar e confundir é sua manha.
Confundindo também os nobres julgadores.
Que artimanha!

Pare com isso. Cresça e apareça. Procure outra coisa para se distrair.
Ocupe sua mente e seu corpo, assim me esquece.
Logo eu, rapaz tão trabalhador e honesto,
Que de gentil não tenho mais nada a oferecer, pelo menos para você.

Que horror ter de suportar tamanha penúria.
E nem falo do medo que dá imaginar
Que por ser homem sou tido como a parte mais forte,
Quando sou a vítima de tudo isso?
Pretenderá a lei que eu seja infalível?
Não.
Tudo pode me acontecer.
Onde me queixar?

AI! Desperto! Abro os olhos. Sacudo-me. Que alívio!
Felizmente você não existe. Confesso que suei frio...
Viva! Data vênia à mãe que não pariu!"


Veneide, julho de 2006

A boa música brasileira

Fui premiada esta manhã com a reprise de um show de Vinicius, Toquinho, Tom Jobim e Miúcha, na Itália, nos anos 70, Musical Dallo (se a memória não falha). Brilhante idéia do Repórter Band, Renivaldo Costa.
Esse foi um filão de músicos e compositores, sem igual, que levou o nome do Brasil ao resto do mundo e que, hoje, é lembrado com saudades.
Pergunto-me: Com sua frase musical “tristeza não tem fim, felicidade sim” estaria Vinicius prevendo o fim de uma era da boa música brasileira? Chico Buarque, Ivan Lins, Milton e outros grandes nomes que hoje estão com os 60 anos percorridos vieram também dessa época. Meu lado esperançoso, no entanto insiste em não querer aceitar que perdemos o caminho da boa e poética composição musical. A Maria Rita, a Ana Carolina, o Jorge Vercilo por exemplo, formam outra boa geração. Por favor, lembrem-me o nome de outros jovens cantores da mesma estirpe ou serei obrigada a concordar com a frase de Vinicius e pensar que a nossa música está ficando velha e definhando e que, doravante, só viveremos de regravações. Estarei exagerando?

quinta-feira, 8 de março de 2007

Nosso dia especial

Nesse nosso dia especial, quero desejar a todas as minhas amigas muitas felicidades. Isso é um resumo, pois sabemos que nosso dia a dia não é fácil.

Continuemos lutando para alcançar nossos objetivos juntamente com nossos companheiros e nossa família. Isso é que importa.
Beijos

Veneide

segunda-feira, 5 de março de 2007

Estado desprezado

As águas de março realmente crescem. Chove muito. Aqui no Amapá, os políticos não se conscientizam que, para se atrair investimento e se tornar um local habitável é preciso dotar o Estado de um mínimo de infra estrutura. E assim é que, a cada ano, o mesmo fato se repete: estradas péssimas, cheias de atoleiro e buracos.
Nas cidades, a situação não é mais confortante. Os esgotos transbordam, as ruas além de esburacadas, ficam alagadas. Os alagamentos tornaram-se freqüentes devido muitas vezes ao aterramento que foi feito nas ressacas que rodeiam a capital para onde convergia o excesso de água na época chuvosa. Foram tantas as invasões que se fizeram nesses locais que, quando não é o povo que aterra, é algum político esperto querendo à força instalar pessoas aí para no futuro ganhar seu voto. O Estado e o Municipio enfraqueceram. Os dirigentes oportunistas de plantão nada fazem visando a campanha eleitoral. Se eu e você não votamos num pilantra qualquer, alguém vota e consegue elegê-lo.

Precisamos voltar à sala de aula e aprender alguma coisa sobre política e civismo.

O amor de Maria

Maria se aproxima e diz:
"Sou como você: Não sou só. São muitas em mim".
Vulcão! Explosão.
Calmaria. Tristeza.

Volta ao passado. Solidão?
Não! Nunca mais!
Partiu e deixou partir.
O sofrimento... jamais.

O pensamento divaga, longe no tempo,
Vejo lágrimas em seus olhos:
Ela diz:"Ah, meu amor, você não me mereceu"
Sofrerá Maria ainda desse mal?

Enfim, com o tempo ela venceu.
Liberou o eu. A alma e o coração.
Mas não esqueceu o tal.
Tamanha foi a desilusão...

domingo, 4 de março de 2007

Aprendizagem

Bom dia a todos.
Enfim consegui postar algumas fotos.
Só estou com dificuldades para inserir fotos na janela da postagem, junto com textos. Estou tentando. Não desisto.
Toda ajuda será bem vinda.

Desejo a todos um bom domingo cheio de vinho branco (para os que curtem) e muita paz e amor.
abraços
Veneide

sábado, 3 de março de 2007

O caseiro folgado

Fui ao rio,
Que desafio!
Peito tufado,
Rabo empinado,
Encara-me o empregado.

Pede aumento.
Não agüento
Tanto tormento!

Olho ao redor
Mato crescendo.
O barco faz dó!
Lona apodrecendo
Uma sujeira só!

A pele mais preta,
Brincou os bois do vizinho!
E a barragem na espreita...
A pistola da vacina na gaveta,
Tudo sujinho.
Me aporrinho!

Morcego farreia no forro.
Goteira de um ano não reparou,
Mas a arrogância ele aumentou.
A cerca, enfim, concertou.

Quer aumento? Vai aumentar sim,
Mas a hostes daquela q.p.
Chamo outro e titularizo assim:
Tome conta. O lugar é seu, meu rapaz.
Volto em paz.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

De fininho

Ops! As visitas estão chegando.
Agradeço aos amigos e lhes dou as boas vindas. Venham sempre.
Entristece-me o fato de privar-me por uns dias dessa leitura por necessidade de ausentar-me. Para onde vou, não existe Internet, nem mesmo luz elétrica. Nem tudo é civilização.
Na volta, a alegria de lê-los vai ser triplicada pela saudade, pela curiosidade e pelo prazer.
Até muito breve.

Abraços
Veneide

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Auto charada

Fingindo estar limpando o mato seco. jul.03


Em um local na mata amazonica, no Amapa. dez. 02


Paris, sobre a Pont Neuf. jul. 02

Sou como um rio que corre calmo no seu leito,
Águas de marés a tal ritmo sujeito.
O que existe no mais profundo m’eu?
Obscuro.

Sou como um rio de águas límpidas e cristalinas
Do qual sou a única navegadora. As meninas?
Irmãs e irmãos cada um no seu curso.
E discurso.

Sou rio, sou vaso, sou flores, sou amores,
Veia de fada, gosto de feiticeira, dissabores,
Encantada, desencantada, desprezada, amada,
Rejuvenescida, crescida, e como...solicitada!

Não sou só. Não estou só. Estão muitas em mim.
Pareço fraca? Ledo engano. Que tentação! Eu!
Acontece, porque quero. Porque corro. Porque pego.
Agarro como a última tábua de salvação. É meu!

De minha autoria
Veneide, 25.02.07




Divagações

"Não importa a quantidade de pessoas à mesa. O que importa é a qualidade do jantar." Veneide, 4h. de 25.02.07

"Mas o jantar será sempre bom se acompanhado da pessoa amada". Veneide, 10:18h de 25.02.07

"Os sonhos são o embrião da realidade". Veneide, qualquer dia e mês de 1975.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

A volta 2

Sou uma esperançosa, mas não quero ser uma eterna esperançosa. Primeiro, porque não sou eterna. Segundo, porque quero que a esperança se transforme na real certeza de que as pessoas entenderam enfim, qual o seu papel na conservação da natureza, da qual têm sido o maior depredador. “O homem é o lobo do homem”, mas, transferindo seu ataque para a natureza tem destruído, consciente ou inconscientemente, o que existe de mais básico para a sua sobrevivência.
Quando se percorrem os rios da Amazônia, onde existe alguma comunidade instalada, ou a exploração de alguma atividade, nos locais nos quais foi derrubada a mata ciliar e não se construiu qualquer proteção, o que se vê é a degradação das encostas e barrancos. As águas deslocadas com o movimento das marés e o vaivém dos barcos, batem contra as encostas provocando a queda da terra. Como resultado, dentre outras conseqüências desastrosas, ocorre a perda de terreno, formando-se “praias” nas beiras dessas encostas. Como se não bastasse, nesses locais geralmente cresce um tabocal tornando difícil o acesso às margens e propiciando o esconderijo de cobras peçonhentas, que vêm se esconder aí para dormir. E as cobras dormem durante o dia, quando o homem está em plena atividade, não sendo portanto, raro, os acidentes provocados pelas mesmas.
A mesma situação ocorre dentro do campo, quando alguém um dia derrubou a mata original para fazer uma roça, ou explorar a madeira existente, depois a abandonou para fazer outra adiante, deixando à mercê da natureza de instalar os tabocais e as ervas daninhas. A terra, antes úmida com a presença das sombras das árvores, torna-se agora ressequida, porque o homem destruiu as árvores protetoras outrora existentes. Você não sente mais o cheiro das folhas e rebentos que se desprendiam da floresta. Você vê a desolação e sua alma fica entristecida...
Voltando ao assunto das encostas, em frente às casas onde possuímos um terreno, temos tentado combater a queda da terra construindo barragens de madeira desde 2003. Idéia de meu marido que atualmente já mostra seus frutos.
Quando chegamos lá, uma das primeiras coisas que fizemos após a reforma da casa, foi construir uma barragem em frente à mesma, pois a terra havia cedido tanto que os esteios da frente, ou estavam pendurados, ou já tinham caído junto com a terra.
O interessante é que, na cultura do povo do local, eles “mudam” suas casas quando isso acontece, construindo outra casa mais para dentro, ou seja, mais para trás da antiga casa que começa a cair junto com a terra. Lembro que algumas pessoas nos cobravam perguntando se a gente não ia construir uma casa nova. Acontece que a velha casa que resolvemos reformar é muito boa. Seu antigo proprietário a construiu com muito bom gosto e boa madeira. Quando reconhecemos isso, eu e meu marido achamos melhor e mais proveitoso, construir uma barragem em vez de construirmos uma nova casa. Levantamos a frente dela recolocando esteios e, com a barragem, a terra parou de cair e a própria água está depositando terra para dentro dela corrigindo o desnível pouco a pouco Mas, para conseguirmos isso, cortamos o acesso à frente da casa aos animais pesados colocando cerca de proteção ao redor da mesma ou na beira dos terrenos, só deixando corredores cercados que levam ao rio, que chamamos de bebedouros, onde os animais descem durante o verão para beber água. Também plantamos algumas árvores próximo as ribanceiras.
A cada ano, quando as águas começam a subir no inicio do inverno e quando começam a baixar no inicio do verão, revisamos a barragem, arrumando onde é preciso. Quando estive lá a semana passada, comecei outra barragem mais adiante com os empregados.

P.s. Acabo de descobrir este site que só vem me confirmar que estamos agindo corretamente: http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/mataciliar.htm

"Ela"

"Seus olhos que brilham tanto,
Que prendem tão doce encanto,
Que prendem um casto amor
Onde com rara beleza,
Se esmerou a natureza
Com meiguice e com primor."(...)

Trecho de "Ela", primeiro poema de Machado de Assis, escrito quando tinha 16 anos, publicado na revista Marmota Fluminense, em 1855.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

A volta 1

Não foi por acaso que escolhi o nome ocasional para meu blog, rsrs. Sem dar notícias desde o dia 24 de janeiro, lembro agora minha volta para Caiena, na Guiana Francesa, pelo vôo da Air France, com uma duração entre 8 e 9 hs. Após a travessia do Oceano Atlântico cheguei em Caiena, indo imediatamente ao hotel, não sem antes telefonar para o marido e o filho para dar notícias. Na manhã seguinte, após checar o bilhete de volta junto a companhia aérea que me transportaria para Macapá, só precisei aguardar a chegada do táxi contratado para me levar ao aeroporto de Rochambeau. Após a travessia, dessa vez mais curta, da região fronteiriça com o Brasil, e do Rio Oiapoque, cheguei enfim às minhas bases depois de quase 3 meses de ausência.
Aqui, deparei com a realidade brasileira: carnaval, big boster, desculpe, big brother, violência urbana, mas também, o prazer de reencontrar meus familiares e amigos. À noite, direto para o jantar e baile de formatura de meu querido irmão Armando.
Na semana que se seguiu, fiz alguns contatos, realizei coisas pendentes, voltei a academia para retomar a malhação, continuei as caminhadas, etc. Na França, eu caminho com meu marido, bastante, mas toda coberta. Aqui é tudo light. Coloco uma bermuda, uma camiseta, o tênis e pronto. Suo pra caramba, só com isso. Rsrs. Temos uma mini academia em casa, mas não sou muito persistente. Prefiro ter mais gente ao redor.
Continuando meu relato, volto à semana de meu retorno ao Brasil. Recebi o meu sobrinho Adriano, (14 a)., para o fim de semana. Adriano desde os 10 anos de idade é meu companheiro de estrada e de caminhada. Ele sempre pega a estrada comigo dividindo o receio de ficarmos atolados na época do inverno ou de cairmos em um buraco de um metro de profundidade. Certa vez, ficamos em maus lençóis quando tivemos um problema com o bico de um pneu traseiro. Apesar de sabermos fazer a troca do pneu, a boca da chave estava cuspida e, só com a ajuda de 2 funcionários da empresa que faz o transporte de pinho e eucalipto é que conseguimos seguir caminho. Com a ajuda de um machado, eles apertaram a boca da chave e fizeram a troca para nós. Mas, confesso que, quando os vi tirar o machado da carroceria da caminhonete deles, pensei na série“Sexta-feira 13”. Humor negro, a beira da estrada isolada. Rsrsrs. Não posso dizer q minha vida não é povoada de emoções.
Após passar alguns dias no meu ninho brasileiro, peguei o ônibus dia 9 último rumo ao Rio Araguari. De carro pequeno, nessa época de chuvas, só depois de uma boa revisão (atenção: na sua ida e na sua volta), pois quem conhece nossas estradas sabe que nossos governantes não levam a sério o asfaltamento. Após a chegada ao meu destino, naveguei 1h e 20 min., chegando ao meu recanto bubalino, e, por que não dizer, às vezes povoado de ofídios, peçonhentos ou não, onde o silêncio, rei absoluto, só é cortado pelo barulho do motor de um barco que passa, ou pelos gritos e cantos dos animais, dos quais, o urro inconfundível e ritmado do singe hurleur, a nossa guariba, que você pode entender até 3 km de distância.
Vou ficando por aqui dessa vez. Mas, antes, pense nisso:

Não deixa jamais teu espírito inativo. "Um espírito dorminhoco é a oficina do demônio. E o nome do demônio é Alzheimer!”

Até breve.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Acrostico para meu marido

Deixo-me ir, deixo-me levar,
Agora, amanhã, brevemente
No desejo de te reencontrar.
Ignorando o tempo, lentamente...
Esgotando a distância sem pesar.
La estaremos juntos novamente.

Fantasma de neve

7 horas da manhã. Minha cara metade sai para o trabalho mas, antes, tem que raspar o gelo que se acumulou sobre o para-brisas do carro. Parece que o frio "lembrou" que agora é sua vez. Subo para o escritorio para ler os e-mails dos amigos e os jornais brasileiros.
Puts! O Lula está inventando outra com esse PAC de ultima hora. Mais uma vez o pobre vai pagar o pato, ou entregar a vaquinha para o banquete do barão. Pausa para a indignação...
Olho para fora da janela (a mesma do mirage). Surpresinha: vejo que a grama do jardim está coberta por uma tênue camada de neve. Estava previsto. Estar previsto é uma coisa, ver é outra coisa (é como promessa de politico). Faz tempo que eu não via neve. Por que? Nasci na Amazônia, moro na Amazônia. Estou aqui hoje, no fim da semana estarei de volta para um calor de 33°. Vive la différence!
Amanhã, a esta hora, estaremos no aeroporto de Orly aguardando o vôo para Cayena. Pernoite. Sexta-feira, vôo para o Brasil. Vou rever meu filho e a voluvel Tasmânia (budoguinha sapeca q se joga no chão enqto aguarda uma caricia na pança). Ela quase roeu a casa inteira, até ganhar um palacete no quintal.

Tchau.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Da janela...

Agora, enfim, posso mostrar a janela do bureau de la maison. Foto antiga.
Apesar de estarmos no inverno europeu, hoje mais parece um dia de verão. Em 2006, o clima surpreendeu os europeus. No mês de maio, no lugar do sol, veio a chuva. No ano que acaba de começar, não está sendo diferente: no lugar do frio temos, além da chuva, dias de sol. As flores desabrocham antes da época. Agricultores que esperavam colher em abril/maio, se assustaram ao ver as flores desabrochando precocemente. Colheita antes do tempo significa prejuizo.
Próximo a minha cidade, numa outra cidade chamada Cambrai, fica situada uma base aérea de mirages. Da janela do escritório, ha pouco eu via os mirages sobrevoando aproveitando a visibilidade do dia ensolarado. Agora, o tempo ficou cinza. Os mirages sumiram...

Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide