terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A mais deliciosa de nossas 3 maneiras de viver.


As festas passaram. Chega de comilância e de farra! Agora é trabalhar e malhar! O QUÊ ? Trabalhar ? Estou brincando… Eheh ! Claro que não. Trabalha-se em casa também, não é mesmo? Mas agora, o trabalho mais importante vai ser enfiar os cacarecos e coisas gostosas nas malas para a viagem. Em vôo internacional, cada passageiro tem direito a 46 quilos de peso no bagageiro do avião, mais 12 quilos na cabine e nós vamos aproveitar (haja mão pra puxar tanta mala !). Meu marido, enfim, se aposentou . Ele vive rindo pras paredes e com razão. Eu já sei o que é isso desde 2007 (mas senti falta daquela rotina de sair todos os dias e encontrar os colegas de trabalho). Meu marido, ao contrário, não quer nem ouvir falar no assunto. Ele só diz “Uau, eu não preciso mais vestir o terno. Eu tenho todo o tempo agora para fazer o que eu realmente gosto, etc, etc. » E eu aqui a escutar pacientemente : ele está cobertíssimo de razão ! Vamos ao reencontro de uma realidade diferente, prazeirosa, embora que povoada de aventuras que, às vezes, nos fazem redobrar a vigilância: nosso cantinho à beira do rio Araguari, rodeado de florestas e animais. Verdadeira jungle! O vizinho da esquerda fica a um quilômetro de distância, o vizinho da direita fica a dois quilômetros ; o rio na frente da casa tem mais de 500m de largura. Os botos vêm saltar na frente da casa. Os pássaros atravessam a varanda de um lado para o outro. Dessa vez, vamos ficar mais tempo. Teremos muitas manhãs de petit déjeuner na varanda à beira do rio e, esse, é um dos momentos que mais apreciamos. Voltaremos alguns meses por ano à Europa enquanto tivermos saúde. Deus abençoou essa realidade e está com as mãos estendidas sobre ela. Vamos continuar a vida de caboclos entrando na floresta, remando nos lagos e montando a cavalo, coisas que aprendemos a fazer nesses 7 anos nesse paraiso. Teremos mais tempo para a leitura, a fotografia, o desenho, a pintura, o violão, o saxophone, blá, blá, blá. Ai, chega, já estou cansada, marido! Quero sombra e água de côco! E não vou esfolar minhas mãos, nãozinhogonhó! Providenciamos ferramentas de mulher : lava-louças, micro-ondas, máquina de lavar roupas, geladeira, liquidificador e algumas bugigangas francesas. Claro, né ! Brevemente uma maquina de fazer pãos. Não usamos ferro elétrico, apesar de termos energia elétrica. Providenciamos tambem ferramentas de homem: martelo, serra elétrica, furadeira, chave de fenda, etc. A vida é simples mas recheada de coisas que nos proporcionam um certo conforto. Abre parênteses: Mulher sabe o que é bom numa casa. Homem diz : mas pra que comprar isso ? Quando ele se convence da utilidade, homem é o primeiro a contar a novidade. Eh ou não é ? E cada um sabe onde é que o sapato aperta ! Fecha parênteses. O caseiro tira o leite das búfalas a cada dois dias. A sua mulher limpa os peixes fresquinhos pegos na frente da casa ou nos lagos dos fundos e me ajuda a limpar o casarão. Abastecemo-nos na cidade mais próxima que fica a 14 quilômetros de casa. O quilo do filé é 8 reais! Na capital, filé é coisa de rico. Na Europa você compra filé em pedaços (dá pra entender porque). A vida não é so filé, nem só carne, não é mesmo? Aqui na França a alimentação é balanceada e bastante variada. E isso é muito importante para a saúde. Lá, no meio da mata, procuramos seguir o mesmo ritmo. E podemos receber sem problemas os amigos brasileiros e europeus que quiserem nos visitar (vai ter queijo feito em casa. Mussarela. Sacou?). Ai, vou parando por aqui pois não estou mais aguentando de ansiedade! E o post esta ficando longo. Veja o slideshow aqui na parte direita do blog. Estamos confiantes porque sabemos que tomamos as decisões certas nas horas certas. Byeeeeeee !
Voltando da pesca nos lagos dos fundos.

Outro dia de pesca nos lagos.

Fundos do terreno e frente em dia de chuva.

Rede para a sesta e ponte às 6 da manhã.

Lagos secos nos fundos e tucanos.

Crepusculo e reforma na varanda traseira.

Fogão de barro.

Araras

Corrida de cavalos na fazenda do outro lado do rio durante a quermesse natalina(2009).

Horta caseira e vendendo uns bois para o açougueiro.

Ele rema e eu também.

Eu trabalho, vacino, coloco os brincos e ele também. O caseiro castra, eu preparo para comermos.

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Uma coisa que adoro.

Uma coisa que adoro.
No inverno, fica tudo assim. Foto:D.B.

Os lagos

Os lagos
Pegamos nossos remos e varejões e saímos com muito cuidado para não triscar nos jacarés e sucuris. Foto: Veneide