Publicado no Diário do Amapá em 19.10.16
Grosseria irônica do descaso: Na semana em que se festejava o Dia da Criança e o Dia do Professor, a reportagem do Jornal do Amapá do dia 14 de outubro último noticiou o “estupro de uma criança de 9 anos dentro de uma escola estadual por um condenado da justiça, que cumpria pena alternativa na escola”. O que certamente chocou os amapaenses. Não bastasse o governo, ordenador de despesas, suspender os contratos de vigilância com os terceirizados deixando à margem da economia muitos pais de família e, em consequência, desprotegendo as escolas, professores e alunos, agora temos essa ameaça com passe livre nas nossas escolas.
Grosseria irônica do descaso: Na semana em que se festejava o Dia da Criança e o Dia do Professor, a reportagem do Jornal do Amapá do dia 14 de outubro último noticiou o “estupro de uma criança de 9 anos dentro de uma escola estadual por um condenado da justiça, que cumpria pena alternativa na escola”. O que certamente chocou os amapaenses. Não bastasse o governo, ordenador de despesas, suspender os contratos de vigilância com os terceirizados deixando à margem da economia muitos pais de família e, em consequência, desprotegendo as escolas, professores e alunos, agora temos essa ameaça com passe livre nas nossas escolas.
Cabe aos órgãos competentes investigar
a autoria do fato alegado bem como a responsabilidade de quem possibilitou ao
condenado cumprir pena dentro de uma escola, e, se realmente, o autor era um
apenado cumprindo pena.
O certo é que não podemos ficar com
a boca aberta tentando engolir o susto, nem limitar nossa indignação com tantos
fatos violentos que vem acontecendo em nossa terra aos comentários em família e
entre amigos. Não podemos ficar omissos quando sabemos que, além de todos os
problemas causados pela falta de segurança de nossas escolas que estão sendo
depredadas e saqueadas e seus professores agredidos por vagabundos, nossas
crianças não podem nem ir ao sanitário sozinhas porque o bandido, de tocaia,
ataca para roubar a sua inocência da forma mais vil e desumana! Em que ambiente
estamos criando nossos filhos??
O Estado é o ente responsável
pela segurança de nossa população mas aí, caríssimos, o Amapá está deixando a
desejar. E muito! E não é falta da polícia, não. A polícia não é composta só do
efetivo humano. Precisa de toda uma estrutura material e apoio moral para ser
eficiente, além de valorização profissional. Policiais são seres humanos que
arriscam a própria vida para proteger outros seres humanos. Escola é lugar de
crianças, de jovens, de mestres, de livros e não de bandidos! Escola é lugar de
alegria e não de tristeza; escola é lugar de formação de pessoas, futuros
adultos; lugar de aprendizagem. É às escolas que confiamos nossos filhos e
netos! Se não pudermos mais confiar nas escolas na certeza que lá nossas
crianças estarão seguras, o que será de nós?? O que será de nosso estado, de
nosso país?? O que será de nosso povo, de nosso futuro??
Acorda, Amapá! Tuas ruas estão
tomadas pela bandidagem! E isso é consequência do desemprego; da falta de
investimento e acompanhamento da infância que, hoje, se tornou bandida; da
falta de segurança e da aplicação efetiva das leis. E também, da falta de
respeito às leis. E tudo isso tem como base a negligência para com a Educação!
Sem falar na corrupção e nos comportamentos ilícitos de quem só quer um cargo
político para se beneficiar!
A questão agora é: quem vai reparar
o erro que deu causa ao crime contra essa inocente? Ou ao menino que também foi
violentado em uma escola meses antes, ainda segundo a reportagem. Ninguém pode
reparar! O prejuízo está feito. Irreparável! Corpo e mente destruídos. A
inocência e a segurança de nossas crianças não estão sendo levadas em
consideração. Onde chegaremos com esse estado de coisas? Assaltos todos os
dias! Bandidos armados em cada esquina esperando dar o bote. Comerciantes, clientes
e população assustados. Estamos ultrapassados pela violência!
Amapá, o pote de ouro de certos
políticos virou um bacio cheio de fezes para seus habitantes! Infelizmente!
Desculpem a expressão. Amo a minha terra e seu povo, pois faço parte deles. Mas
estou me sentindo envergonhada perante os pais dessa criança e de tantas outras
que sofrem por falta de uma política direcionada para a proteção infantil pois,
proteger as escolas é também proteger seus usuários e funcionários.
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